Entrevista com Eastwood Allen, o fã que fez um documentário sobre o John Mayer



Quando eu decidi que queria voltar com o blog, fiquei pensando em qual post eu faria para o dia da volta. Com o tempo, fui deixando algumas coisas em rascunho. Mas há mais ou menos duas semanas uma lâmpada se acendeu na minha cabeça e eu não sabia se ela ia dar certo, mas deu. Então, aqui estou eu, blogando de novo e com uma entrevista internacional (feita por e-mail porque ainda não tá tendo grana pra ir pra Inglaterra) no dia em que o blog volta.

Acontece que eu sou fã do John Mayer (sério, Ariel, really?) e posso dizer por experiência própria que o nosso fandom é bem dedicado. Não é à toa que um desses fãs, o Eastwoood Allen, lá da terra da rainha, fez um documentário sobre a carreira do baby Johnny. Ele trabalha com edição de vídeos lá na terra da rainha e usou material recolhido na internet para produzir o Someday I'll Fly.

Como se isso tudo não pudesse ficar melhor, amanhã, aqui no Rio, vai rolar uma exibição legendada em português do documentário do Eastwood na Livraria Cultura do Centro. E adivinhem? O evento foi organizado por fãs. As responsáveis são as meninas do Vai Lá Fã do John Mayer, John Mayer Brasil e John Mayer BR e eu vou acompanhar o dia inteirinho de atividades, a exibição do doc e torcer pra ganhar algum brinde pra vir aqui contar tudo depois.

Aproveitando a oportunidade, eu bati um - mini - papo com o Eastwood, que além de talentoso, é super simpático e topou dar uma entrevista por e-mail para uma quase jornalista de um blog que está começando de novo e aqui estou eu, escrevendo esse post.

O Someday I'll Fly não foi o primeiro trabalho do Eastwood relacionado ao John. Há quatro anos, ele montou um clipe para uma das minhas queridinhas, Assassin, do álbum Battle Studies, e na época o burburinho foi tanto que até o John tweetou falando sobre o vídeo. Numa entrevista que o Eastwood deu na época para o John Mayer BR, ele diz que escolheu essa música por achar que ela é uma das mais visuais no repertório do John. "Eu recebi comentários de muitas pessoas dizendo coisas como, 'Você realmente capturou o que eu imaginava da música em um vídeo.' A verdade é que eu senti que a música tinha uma identidade de como o vídeo deveria ser. É simplesmente ótima, música descritiva e eu só tive que por o visual". Com o documentário, o início não foi muito diferente. Eastwood queria montar um clipe para The Age of Worry."O vídeo ia ser como uma mini biografia da carreira do John até ele lançar o Born and Raised. Eu amo a música e como ela é bem diferente de Assassin, eu tive que tomar uma direção deferente na edição. Comecei a pegar fotos de quando o John era pequeno, fotos de ensino médio, da faculdade e em pouco tempo, eu já tinha 6-7 minutos de vídeo. Então eu percebi que tinha um projeto muito maior para ser feito e depois de muita pesquisa e muitas anotações, eu pensei em dar uma chance ao documentário.



Do início das pesquisas até o final da produção, foram seis meses de trabalho. Allen comentou que por ser um projeto grande, ele teve chances de mudar o estilo de edição para que o trabalho sempre se mantesse novo e empolgante. "Eu tentei combinar o estilo de edição com o tipo de música que o John estava produzindo na época. Nunca me diverti tanto como um editor e nunca tive um trabalho tão desafiante, ao mesmo tempo. Acho que não usei nenhuma imagem ou música repetida nele todo. Uma das coisas que mais me incomodam quando assisto documentários é a repetição da mesma foto ou vídeo".

Quando perguntei o que John significava para ele, nós concordamos quanto ao fato de que Mayer coloca tanta paixão em seu trabalho que é praticamente impossível não se inspirar por ele se você é fã. E ele foi além:

"Sou fã do John desde 2003 quando ouvi No Such Thing num programa de TV. Depois achei Clarity e foi isso. Eu estava viciado.

John Mayer é único. Ele não é apenas um guitarrista ou um compositor. Ele é multifacetado e não se prende a apenas um tipo de música. Eu acho que isso inspira os fãs dele. Nós vemos outros jovens músicos seguindo o caminho dele conforme as gerações passam. Eu acho empolgante ser fã do John porque ele não tem um "prazo de validade", está sempre tomando novos rumos. Ele mesmo é um fã apaixonado de outros músicos. Como nós, ele cresceu seguindo e estudando as carreiras de outros artistas. Ele sempre aceita as oportunidades de colaborar e se inspirar por outros músicos, e eu acho isso incrível. Eu me tornei fã de vários outros artistas por causa do John Mayer".

Para fechar, ele também mandou um mini recado pra quem vai estar amanhã no evento do Rio e pra quem ainda não assistiu ao documentário: "Eu estou incrivelmente animado para saber a reação das pessoas. Me disseram que uma parte dos fãs que vão estar no evento estava esperando especificamente uma tradução em português para assistir Someday I'll Fly. Desde o primeiro dia, eu estou impressionado com a resposta dos fãs e os brasileiros são sempre muito positivos e gentis em seus comentários. O mínimo que eu posso fazer para tentar retribuir o favor é ajudar com a tradução e o compartilhamento do vídeo. É para os fãs. Os fã clubes estão sendo realmente incríveis. Espero ver algumas das fotos"

Se você ainda não assistiu Someday I'll Fly e se interessou pela história, eu coloquei o vídeo aqui. Sem legendas, porque é o disponível originalmente.

  

Depois desse pedido, eu acho que todo mundo que aparecer por lá amanhã pode e deve mandar de várias formas possíveis as fotos para o Eastwood ver. Ele sempre responde no twitter, @eastwoodallen. Além disso, dá para entrar em contato pelo site e pelos comentários do canal do YouTube

A partir desse momento, eu estou contando os segundinhos para esse evento de amanhã. Acho que amanhã mesmo eu já consigo postar a cobertura dele por aqui.E muito, muito obrigada se você leu esse post todo, indo ou não à exibição amanhã. <3


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