A crise dos 21, a vida adulta, o TCC e eu


Bem, se você chegou até esse post, em algum momento deve ter se perguntado "por que o nome desse blog é Verão de Noventa e Quatro"? Vivo recebendo essa pergunta de várias pessoas e a resposta, é a seguinte: eu nasci no verão de 1994. Eu, justo eu, a pessoa que menos gosta de sol e praia na minha família, nasci no Rio de Janeiro e em janeiro. Faça as contas. No último dia 18, eu cheguei à maior idade (só idade mesmo, porque o tamanho continua sendo o mesmo desde os 12) oficial. 21 anos. 21 anos e um questionamento básico na cabeça há mais de um mês: o que eu vou fazer da minha vida?

A faculdade acaba em dezembro e eu não gosto nem de pensar muito nisso por um simples motivo: o TCC. Mas, quando paro para tentar imaginar o que vem depois da faculdade, o TCC se torna fácil. Desde os quatro anos de idade, eu posso ser classificada na categoria de "estudante". É simples. Ainda não trabalho porque estudo. Estudo para ter uma boa carreira, um emprego consistente e dar orgulho à papai e mamãe. Mas e agora, que o estudo vai acabar? Eu já tenho 21 anos, mas nesses 21 anos, ninguém me disse que tudo ia mudar tanto e tão rápido em um ano. 

Minha mãe já perguntou o que eu pretendo fazer depois da formatura. Já contou, mais uma vez, todos os benefícios que a carreira militar me daria e que eu não quis aproveitar antes da faculdade e agora sou quase jornalista. Ou quase desempregada, como preferir. Porque é isso que você vira quando sai da faculdade e não tem um emprego. De estudante, você passa a desempregada. E as duas palavras e funções, definitivamente, não tem o mesmo peso. 

E aí você pensa "mas Ariel, você já está na faculdade há três anos, já morou sozinha, está em crise agora por quê?" POR QUE EU NÃO SEI SER ADULTA. Eu não sei, simplesmente, não ser estudante. E eu odeio mudanças drásticas. Tenho medo e pesadelos, geralmente. E isso é sério, não é para rir. E se eu não conseguir um emprego? E se eu conseguir, mas não for competente o suficiente? E se eu for, mas o meu chefe não concordar? E se eu não tiver grana pra ir ao show do John Mayer, pra comprar a câmera que eu tanto quero, pra viagem de formatura, pra conhecer Nova York? 

E se eu não tiver grana pra casar? E aí, nessa pergunta, eu encontro meu TCC número três - recapitulando: o número um é o TCC oficial e o número dois, o emprego. O casamento. E daí que você, lendo isso agora, pode achar que eu sou um fruto da opressão da sociedade que diz que se uma mulher chega aos 30 sem casar, ela vai ser solteira pra sempre? Eu quero casar sim - e bem antes dos 30, por favor, Deus! Não apenas por motivos sociais ou religiosos. Mas porque sou eu. Ariel. A menina que tem nome de princesa da Disney e cresceu vendo essas mesmas princesas encontrarem seus príncipes encantados e viverem felizes para sempre. A essa altura do campeonato, eu já sei que o príncipe não vai chegar num cavalo branco - eu preferiria um preto, de qualquer forma - e nem vai ser encantado. Mas eu sou uma princesa. E como uma princesa - ninguém vai tirar isso da minha cabeça porque que sou sim, filha de um Rei -, mesmo que sem coroa, sem fortuna e sem castelo, eu mereço um príncipe. Certamente, ele também não precisa ter coroa, fortuna e castelo. Mas querer construir isso do meu lado já vai ser um bom começo. Por esse príncipe, eu juro, publicamente, que vou aguentar até algumas toalhas molhadas em cima da cama. Mas só se ele matar as baratas.

Talvez você tenha chegado até aqui se perguntando o que eu quis dizer com isso tudo. Ou se perguntando como eu comecei falando do nome do blog e terminei nas baratas - fico arrepiada só de imaginar. Se você está confuso, eu atingi meu objetivo. Se você está achando que eu sou maluca, eu também atingi. Porque nesse momento, essa confusão toda é a minha cabeça e enlouquecer parece ser a consequência mais provável pra isso tudo. Mas só até as aulas recomeçarem. Porque depois disso, a vida normal continua e... nada fica mais fácil.

Resenha: Never Never, Colleen Hoover & Tarryn Fischer - Never Never #1


Never Never
Colleen Hoover & Tarryn Fischer
Hoover Ink
♥♥♥♥♥

Só precisei de um dia de espera no médico para conseguir terminar Never Never, essa história que eu mal conheço, mas já considero pra caramba... Primeiro, simplesmente por ser um livro da Colleen Hoover. Por mais que seja de autoria dupla e que eu nunca tenha lido nada da Tarryn Fischer, esse ebook curtinho foi o suficiente para me fazer ter vontade de correr atrás dos títulos dela. Segundo: por ser uma história daquelas que te prendem no início, te intrigam no meio e te fazem soltar um grito de "não acredito que já acabou" no final. Ainda mais quando você descobre que ele vai ter continuação. Ainda não superei esse final, de forma alguma. 

"Everything about her is captivating, like the aftermath of a storm. People aren't supposed to get pleasure out of the destruction Mother Nature is capable of, but we want to stare anyway. Charlie is the devastation left in the wake of a tornado.
How do I know that? 
- Silas"

Never Never conta a história de Charlie e Silas, um casal de namorados que, simplesmente, esquecem de todas as coisas importantes sobre suas vidas de uma hora para outra. E por coisas importantes, quero dizer, os nomes dos pais, dos irmãos, quem são seus amigos ou as circunstâncias em que seu relacionamento andava. Conforme vão se reabituando com as próprias vidas, eles descobrem que suas famílias, antes tão próximas, agora são inimigas e que seus pais não aprovam mais o relacionamento que já dura quatro anos. 

Quanto mais eles dois descobrem sobre si mesmos, mais se surpreendem com as coisas que foram supostamente capazes de fazer e tentam começar a consertar as coisas. O relacionamento de Charlie e Jeanette, sua irmã mais nova, é uma dessas situações que devem ser consertadas e eu espero que a Charlie consiga,efetivamente, ajudar a irmã no próximo volume: a mãe delas é alcoólatra e mal liga para as duas. Silas, por sua vez, não tem problemas com seu irmão. Seu pai, por sua vez é autoritário e mandão. Só que, por não se lembrar dele, pela primeira vez na vida, Silas não faz exatamente como o pai ordena. 

" - I don't care what our real first kiss was - he says - That's the one I want to remember" 

A pegada de Never Never é bem diferente dos outros livros da Colleen que eu já li. Parte para a ficção - esquecer tudo e todos da sua vida de uma hora pra outra não é possível, felizmente -, mas não chega ao nível do absurdo, difícil de engolir. Não conheço a linha de escrita da Tarryn, mas imagino que ela seja bem parecida com a da Colleen. Há uns meses, elas disseram que cada uma tinha ficado responsável por escrever o ponto de vista de um personagem e, se eu não estiver enganada, Collen escreveu o Silas e Tarryn escreveu a Charlie. Mesmo assim, elas conseguiram uma narrativa bem linear e que se completasse - o que é muito, muito difícil quando se trata de uma história escrita a quatro mãos. 

Descobri que o livro tinha continuação quando cheguei na última página e devo dizer que Never Never terminou no momento EXATO pra fazer você enlouquecer até conseguir abrir o segundo volume. De verdade. E o pior: como pouca gente leu e eu su uma boa pessoa, não posso mandar spoilers pela internet pra aliviar a tensão, ou seja, leiam logo pra eu ter com quem conversar! haha

"Never stop.
Never forget"

Tiago Iorc na Praia de Ipanema - 10.01.2015



Oi gente! Hoje eu vim contar uma experiência muito, muito feliz que eu tive o privilégio de viver ontem: assistir um dos meus cantores preferidos ao vivo novamente. Dessa vez, o cenário foi a praia de Ipanema, uma das mais populares aqui do Rio. Com o calor que está fazendo por aqui, foi só chegar pertinho do palco para esperar pelo show que eu já estava derretendo de tanto suor, mas como não sou das maiores fãs de praia e não fui de biquini, aguentei firmemente até o Tiago entrar com os abanadores que deram por lá mesmo. 
O atraso dele foi só de meia hora e foi só o "pra começar, cada coisa em seu lugar, e nada como um dia após o outro" sair pelas caixas de som pra eu esquecer do calor, do atraso e da sede. Era o Tiago, a dez passos de mim, cantando a trilha sonora da minha vida pela quarta vez. A felicidade que ele, visivelmente, estava sentindo, era só um reflexo da nossa e acho que isso fez a noite de ontem ser mais especial ainda. 

Sou fã do cara desde pirralhinha, devia ter uns 12, 13 anos quando descobri que o cantor da música fofa da Malhação era brasileiro e fui procurar saber mais sobre ele. De lá pra cá, já se passaram uns bons oito anos e era de se esperar que ele também tivesse passado, mas dos meus gostos de adolescência, ele foi um dos únicos que prevaleceu. E para falar a verdade, Tiago foi um dos responsáveis pela melhora do meu inglês antes mesmo de eu começar o curso. Meus professores agradecerão eternamente. O trabalho dele amadureceu junto comigo e isso foi absurdamente importante pra minha identificação com as diversas fases da carreira dele. O som que ele faz hoje se encaixa muito mais na minha vida do que o que ele fazia há oito anos, mas isso não quer dizer que eu não goste das antiguinhas. Inclusive, uma das minhas músicas preferidas dele é do primeiro CD (No One There, procurem porque é massa!).



Não é a primeira vez que eu fico na primeira fila de um show dele com as mesmas amigas (Nati, Lari, Natascha e Mylena, suas lindas! Jess, não perca o próximo!) e a interação dele com a gente ontem foi mais forte do que da outra vez. Pode ter sido a nossa cabeça de fã fantasiando, mas nós podemos jurar que ele olhou na nossa direção e sorriu algumas vezes. Quem vai dizer o contrário? Ninguém, ok. E, ah, eu e Mylena somos as backing vocals oficiais de Um Dia Após o Outro" desde o último pocket show. Pois é, o nível é esse mesmo. 

Acho que se você curte o Tiago e não foi no show de ontem, perdeu a melhor apresentação dele que eu já vi. O que ele estava sentindo era felicidade e não tinha como dizer o contrário. A realização do cara foi comprovada quando ele contou que, quando era mais novo e estava aprendendo a tocar violão, ele morava num apartamento que ficava em frente a uma praça e ele ia tocar na varanda, imaginando que as árvores eram um mar de pessoas, juntas, ouvindo o que ele tinha pra tocar. Vendo as fotos de ontem, realmente, tinha um mar de gente na frente dele. E eu nunca me senti tão feliz em ser uma árvore assim :)

Não consegui filmar nada e a iluminação atrapalhou uma parte das minhas fotos, mas além das três que estão aqui no post, tem um álbum na página do blog no facebook, pra facilitar a visualização. E, ah, se você não conhece o Tiago, cara... começa a ouvir agora, vai!



Motivos do meu sumiço e 35 desejos pra 2015 #AriIsBack

Oi gente! Vocês provavelmente perceberam que eu dei uma sumidinha no último mês, né? Pois bem. Sabe quando a vida da gente resolve brincar de ginástica olímpica e dá uns saltos mortais carpados com 10 giros no ar bem na sua cara? Aconteceu isso. E com o final do período na faculdade, as festas de fim de ano e todas as coisas que surgiram para serem feitas, eu desanimei. Desanimei totalmente, pensei até em parar de vez com o blog usando o meu TCC do segundo semestre como desculpa, mas to aqui, né. Vou, pelo menos, tentar. Verão é o meu bebezinho e você não pode deixar um bebê de lado depois que ele nasce, certo? Então eu também quero, agora, desejar a vocês um 2015 maravilhoso e abençoado. Que seja um ano de vitórias e conquistas pra todos nós e que os momentos ruins passem rapidinho, sendo todos superados pelos dias felizes. Devo ter alguns cometários para responder e vou fazer isso ainda hoje! E, ah, tem layout novo quase saindo do forno pra cá, porque sim, ano novo, casa nova <3

Esse foi o primeiro ano em que eu fiz uma lista de resoluções oficial. Ela devia ter 50 desejos. Mas eu só consegui lembrar de 35, então é assim que vai. E sem pedir ajuda pro ano que acabou de começar, eu prometo me esforçar de verdade para cumprir, ao menos, a metade disso tudo que tá aí. Vai que eu consigo até mais?

1 - Fazer minha primeira tattoo
2 - Entrar na auto escola
3 - Tirar a carteira de motorista de primeira
4 - Ter uma festa de aniversário do meu jeito <3
5 - Tirar mais de nove no TCC
6 - Ir à praia (de dia) pelo menos uma vez
7 - Pintar os cabelos
8 - Me dedicar mais ao Verão <3
9 - Terminar de escrever meu primeiro livro (quase lá, pessoal. Quase lá!)
10 - Conseguir publicar meu primeiro livro (pelo menos o começo do processo, vai?)
11 - Atualizar TODAS as minhas séries
12 - Ler mais livros do que em 2014 (Li 37 ano passado, o que é um recorde pra minha pessoa)
13 - Ler a bíblia inteira (Dá uma ajudinha aí de cima, Deus!)
14 - Ler mais livros em inglês
15 - Tirar o projeto do vlog do papel
16 - Comprar uma câmera boa
17 - Fazer um curso de maquiagem profissional
18 - Fazer um curso de fotografia
19 - Me formar no inglês com conceito máximo (sou uma pessoa que não faz cobranças a si mesma. Imagina.)
20 - Fazer o curso de conversação no inglês depois da formatura
21 - Começar a estudar outra língua
22 - Ir ao show do John Mayer (se ele vier esse ano)
23 - Ser uma ótima madrinha de casamento pras amigas que vão começar nessa jornada esse ano
24 - Renovar o guarda roupa (doar o que não serve mais, repor aos poucos)
25 - Fazer algum tipo de trabalho voluntário
26 - Voltar a dançar
27 - Me alimentar melhor e perder os dez quilos que eu ganhei nos últimos dois anos (Sim, foram dez quilos mesmo)
28 - Ser motivo de orgulho para os meus pais
29 - Começar a ler Harry Potter
30 - Controlar melhor os gastos com o cartão de crédito
31 - Ser mais organizada
32 - Aprender a confiar cegamente no Deus que me deu a vida
33 - Entender que eu também preciso, antes de tudo, me dedicar mais a Ele
34 - Me livrar da progressiva!
35 - Acabar de ler Nárnia