Sobre abuso e conforto - Samantha e Marcos I


- Você está me machucando, Daniel! Solta o meu braço! – Falei enquanto ele me puxava pela rua até o apartamento dele, tentando não chamar mais atenção do que nós dois já estávamos chamando.
- Me solta! – Falei um pouco mais alto e ele continuou sem responder. Apenas me olhou enquanto me puxava discretamente, mas com força, pela entrada de seu prédio.
- Fica quieta, Mariana. – Ignorei.
- O que deu em você, hein? – Perguntei quando nós entramos no elevador. Tentei não pensar em todas as vezes em que entrar naquele elevador significou a maior felicidade do meu dia. E tentei ignorar o pulo que meu coração deu só de pensar nisso. – Você perdeu a língua? – Provoquei quando percebi que não ganharia resposta alguma para a minha pergunta. Ele apenas me olhou do alto. Resolvi parar de resistir porque quanto mais eu lutava, mas ele apertava o meu braço e eu já podia imaginar aquilo ficando meio roxo mais tarde. Esses eram os problemas de se ter uma pele branca, quase translúcida.

Chegamos ao oitavo andar e quando saímos do elevador, passamos por Marcos, o vizinho de Daniel. O conhecia de dar bom dia, apenas, mas ele pareceu surpreso por me rever. Coisa que fez questão de esconder rapidamente colocando os óculos escuros e fingindo que não tinha percebido que eu estava sendo quase carregada. E pior: que eu estava deixando que isso acontecesse. Mesmo depois de ele ter visto a mesma coisa que eu naquela noite.

Era bem verdade que eu deixaria e aceitaria qualquer coisa que Daniel me pedisse. Eu me fazia de durona, mas era apaixonada por ele desde os vinte anos. Já tinha tentado resistir zilhões de vezes antes dessa, mas era inútil. Quando alcançamos a porta do apartamento, eu já sabia o que ia acontecer assim que ele a fechasse atrás de nós dois. Já tinha acontecido antes. E eu passei todos os dias das últimas três semanas ansiando por isso.

Ele trancou a porta, tirou a bolsa dos meus ombros e a colocou no chão aos nossos pés em um só movimento. Um segundo depois, eu estava em seus braços, com as pernas em volta de seus quadris enquanto ele me prendia contra a porta.

Daniel me tinha nas mãos sempre que quisesse. Ele sabia e se aproveitava disso. E eu deixava. Eu pedia e gostava disso. Já tinha desistido de tentar me ajudar. Ele era o único cara que já tinha demonstrado algum interesse por mim. Pelo menos o único que eu deixei que se interessasse. Era meu carma. Minha sina. E eu tinha plena consciência disso enquanto estava com ele naquele sofá.

Também já sabia que me arrependeria assim que saísse pela porta. Lágrimas traidoras escorriam sem que eu conseguisse conter enquanto eu esperava o elevador para descer. Perdi a paciência e resolvi ir até as escadas. Quando me vi sozinha, as lágrimas só aumentaram. Sentei em um dos degraus e esperei que a fase do arrependimento passasse. Sempre passava. Eu sempre esquecia. E sempre queria voltar. Daniel era meu vício. E eu não fazia a mínima questão de reabilitação.  

- Você precisa de ajuda? – Me assustei com a voz que não reconheci e dei um salto ao olhar para cima. – Calma, eu não vou te machucar. – O estranho que agora eu tinha reconhecido como Marcos disse enquanto se afastava um pouquinho e colocava as mãos para cima.
- Não precisa se preocupar. – Sequei as lágrimas no meu rosto. – Eu estou bem.
- Você não parece bem, Mariana. – Ele também lembrava o meu nome e eu me surpreendi com a constatação a que cheguei rapidamente: Marcos se importava a ponto de lembrar, por mais que eu tivesse dito meu nome a ele mais de seis meses atrás, em uma das minhas muitas idas e vindas desse prédio, logo assim que ele se mudou.
- Vou ficar bem. – Forcei um meio sorriso.
- Eu não vou te fazer perguntas. Mas acabei de voltar da academia e vou jantar em casa. Tem comida suficiente para nós dois. Se estiver com fome, as portas estão abertas.
- Eu acho que preciso sair desse prédio. – Falei, jogando fora qualquer tipo de ressalvas em relação a Marcos. Pior do que a noite estava não poderia ficar. Pelo menos ele parecia verdadeiramente preocupado.
- Posso oferecer a minha companhia?
- Você não vai mesmo fazer perguntas sobre o seu vizinho?
- Só quando você quiser responder.
- Então eu aceito a companhia.

Marcos estendeu a mão e eu reparei que ele não parecia com quem tinha acabado de voltar da academia. Estava arrumado e, não pude deixar de perceber quando peguei sua mão estendida e me levantei, bem cheiroso. Também reparei, pela primeira vez, que ele era bem mais alto. Eu estava dois degraus acima e nossos olhares, ainda assim, não estavam alinhados.

Ele guardou as chaves de casa na bolsa de academia que trazia nos ombros e pegou as chaves do carro no mesmo compartimento. Gelei por dentro.

- Nós precisamos ir de carro? – Perguntei quando chegamos ao primeiro andar, antes de descer mais um para a garagem. Ele era atlético como eu, não demonstrava nem um sinal de estar ofegante mesmo depois de descer oito lances de escadas. A academia, definitivamente, não era para emagrecer.
- Está ficando tarde. Pode ser mais seguro para a volta.
- E aonde nós vamos?
- Você tem alguma sugestão?
- Não. – Falei. – Só não quero ficar em lugares fechados. Preciso respirar.
- Tive uma ideia. – Ele sorriu e eu reparei que, pela primeira vez, Marcos me dirigia um sorriso de verdade, que não era simplesmente por ser cordial.
- E qual é essa ideia? – Perguntei enquanto entrávamos na garagem. Fiz questão de ignorar a moto de Daniel no canto. E mais questão ainda de esquecer dele, pelo menos enquanto estava com Marcos.
- Você vai ter que confiar em mim. – Ele disse, apertando o botão no controle em suas mãos. O carro que obedeceu ao comando era uma caminhonete preta que, de tão alta, provavelmente ia me fazer parecer uma menininha indefesa que precisa de ajuda para subir num carro.
- Primeira verdade sobre mim que você vai aprender essa noite: eu não confio em ninguém.
- Então você vai ter que esperar para descobrir, porque a minha primeira verdade da noite é a minha terrível persistência.

Logo depois de ter falado, ele se dirigiu ao banco do motorista do carro e abriu sua porta. Num reflexo, abri a minha também e entrei sozinha. Eu não era uma menininha indefesa que precisa de ajuda para subir num carro, afinal de contas. Dei um meio sorriso quando fechei a porta.

- Onde você mora, Mariana?
- No Flamengo. Aqui pertinho.
- Ótimo. Minha ideia vai dar certo, no fim das contas. – Me segurei para não perguntar mais sobre a tal ideia porque não queria parecer curiosa, mas ele obviamente supôs que eu estava morrendo de vontade de saber para onde estávamos indo.
- Você é curiosa. – Não foi uma pergunta.
- Um pouco. Você é perceptivo.
- Bastante. – Ele sorriu novamente. – Ah. – Marcos parece ter se lembrado de alguma coisa. – Apenas uma coisa pode estragar meus planos agora.
- O que?
- Você é daquelas mulheres que vivem de dieta? – Parei para pensar.
- Depende do que você considera como dieta.
- Comer meia azeitona e uma folha de alface no almoço e achar que está engordando com isso.
- Odeio azeitonas. – Eu ri. – E definitivamente, não abro mão de proteína na minha dieta. Só tomo cuidado para não comer besteira demais, porque se eu me permitir, como batata frita todos os dias.
- Quanta força de vontade.
- Nem fala. – Ele olhou de lado e me analisou rapidamente.
- Impossível ter o seu corpo só evitando comer batatas fritas. – Outra afirmação. Correta, por sinal.
- Verdade. Digo o mesmo de você. É preciso de um para reconhecer o outro. – Deixei claro que tinha reparado que ele também tinha um corpo bonito.
- Eu sou dono de uma academia em Copacabana. Já fui personal trainer. Nunca perdi os hábitos saudáveis.
- E eu sou...
- Bailarina. – Dessa vez eu realmente me assustei. Arqueei uma sobrancelha e olhei para ele.
- Seus pés estão machucados, suas panturrilhas são mais fortes do que as minhas e você fez um coque em cinco segundos assim que entrou no carro. Ah, e as fitas da sua sapatilha de ponta estão para fora da bolsa.

Nunca tinha conhecido alguém que absorvesse tantos detalhes com essa rapidez. Talvez pela minha mania de simplesmente não confiar em quase ninguém eu tenha me sentido um pouco incomodada. Ou talvez porque a última pessoa que reparou em mim desse jeito foi o Daniel. Mas, é claro, em outras épocas, antes de ele virar o babaca que me tinha nas mãos e por quem eu era completamente aficcionada.

- Te assustei? – Marcos interrompeu meus pensamentos.
- Oi?
- Você ficou calada do nada. Falei algo que te incomodou? – Sorri.
- Não, pode ficar tranquilo. Eu só não estou acostumada com alguém reparando tanto em mim.
- Reparando em você ou percebendo você? – Ele desviou os olhos da rua e esperou a minha resposta.

- Os dois. – Era isso o que ele estava fazendo. Os dois.

Resenha: Beautiful Oblivion, Jamie McGuire - Beautiful #3/Maddox Brothers #1


Beautiful Oblivion
Jamie McGuire
Atria Books
♥♥♥♥♥

Então você acha que uma de suas autoras preferidas nunca vai conseguir se superar. Até que você quebra a cara e ainda não se recuperou, de forma alguma, do último livro dela. É exatamente assim que eu estou me sentindo em relação a Beautiful Oblivion, de verdade, cara. Ele é a "continuação" - ao mesmo tempo, ele continua o universo da história do Travis e inicia outra série, a das histórias dos seus irmãos - de Belo Disastre, Desastre Iminente e Belo Casamento (que eu ainda não li) e se Travis Maddox já fez um estrago nos nossos corações, Trenton veio para pisotear nas migalhas e fazer morada, do ladinho do irmão. 

Camille Camlin, a Cami, se tornou, rapidamente, uma das minhas protagonistas prediletas. Ela também vem de uma família grande como os Maddox. Tem três irmãos e um primo que mora com eles. Sendo a única mulher, ela teve que aprender a se defender sozinha. Com um pai violento, ela precisou amadurecer bem cedo e conquistar a própria independência. Além de ser bartender no The Red Door - o bar preferido de Travis Maddox e de todos os estudantes da Eastern - ela faz faculdade e divide apartamento com Reagan, sua melhor amiga desde sempre.

"I was in trouble. Big, disastrous, Maddox trouble"

Seu namorado, TJ, se mudou para a Califórnia apenas três meses depois do início do relacionamento por causa de um emprego misterioso que ocupa grande parte do seu tempo. Ele e Cami, basicamente, tem contato através de mensagens de texto e ligações rápidas. Cami sabia disso antes de ele viajar e é até bem conformada com a situação. Mas num fim de semana em que ela conseguiu folga no Red para visitar TJ na Califórnia e ele diz, na última hora, que vai precisar trabalhar, as coisas começam a ficar complicadas para o lado... dele. Aproveitando a folga, Cami vai para o Red se divertir e lá esbarra com Trenton Maddox, em toda sua magnificência, músculos, tatuagens e persuasão. 

A construção do relacionamento de Cami e Trent é, de longe, muito menos conturbada que a de Travis e Abby e isso é absurdamente fácil de perceber. Acho que, talvez, tenha sido isso que me fez gostar tanto deles dois - até mais do que o primeiro casal, confesso. Trent tem tudo o que o Travis tem, sem a parte da obsessão louca, que é, justamente, o que faz muita gente se assustar com o cara. Trazendo para o meu contexto, se eu tivesse que escolher entre Travis e Trenton para ficar, escolheria o Trent. Foi mal aí, Trav, mas de vez em quando você assusta. Mesmo assim, eu não deixei de te amar, okay?

"He had the best worst effect on me. As if everything I was - and wasn't - was desirable. I didn't even have to try. Trenton's unrepentant appreciation for everything he knew about me was addictive"

Cami é uma das minhas protagonistas preferidas porque ela, simplesmente, é badass demais. Não tem outra palavra para usar, de verdade. Em parte por causa do que você descobre na última linha do livro e em parte pela sua história de vida. Ela poderia ser, tranquilamente, uma dessas protagonistas perdidas na vida que vivem fazendo besteira em cima de besteira para compensar o passado complicado e a base familiar estremecida. Mas ela é madura o suficiente para tomar conta dela mesma e tão bem construída, que eu estou, para variar, sofrendo por ela e Trent serem de mentirinha. Isso não se faz, de verdade.

E é tudo culpa da Jamie McGuire e essa capacidade de ser maravilhosa que ela tem. De verdade, gente. O livro estava acabando e eu estava começando a achar que tinha perdido algum detalhe - li em inglês, por isso a desconfiança - porque os personagens estavam falando de uma coisa que eu não estava entendendo e então, eu entendi tudo na última linha. Aliás, NUNCA, EM HIPÓTESE ALGUMA, espie a última página de Beautiful Oblivion/Bela Distração. Porque é de te deixar maluco o que essa mulher fez e ainda por cima, sem deixar a gente desconfiar de nada. Ou, como foi comigo, que pensei em algo muito parecido, mas nunca cogitei exatamente o que era. Acho que ficou confuso, mas vocês vão entender o motivo da confusão assim que lerem e se depararem com a situação.

"I've had a lifetime of wrong. You're the only thing that's right"

Para a nossa felicidade, o próximo livro da série Maddox Brothers sai em janeiro com a história de Thomas, o Maddox mais velho e AGENTE SECRETO DO FBI. Meu coração não vai aguentar, tenho quase certeza. Mas enquanto Thomas não chega, meu amor é o Trent. E eu até deixaria ele me chamar de Baby Doll <3 

Compras da Black Friday!

Ah, a Black Friday. Tanta expectativa e ela acaba tão rapidinho! Entre pesquisas, listas e muito desespero na hora de finalizar as compras, eu consegui sair com um CD, um ebook e cinco livros (que eram para ser, originalmente, oito, mas já já eu explico).



Eu amo o Submarino, de verdade. Mas quando se trata de compras online, já tem um tempinho que eu me mantenho fiel à Saraiva por causa da opção de não pagar frete e buscar o pedido na loja. O Plaza Shopping, que fica pertinho da minha faculdade, tem duas Saraivas, então eu confesso que acostumei com essa facilidade, digamos. Fechei minha compra na BF na Saraiva também porque o Submarino só ficou estável depois das três da manhã, quando boa parte do estoque de livros que eu queria já tinha acabado. Mas eu ainda consegui garimpar o primeiro CD da Daniela Araújo - uma cantora cristão que eu curto demais, pra quem nunca ouviu falar - bem baratinho e acabei comprando  no Submarino num último suspiro de consumismo e paciência. Eles compensaram a inconveniência da sexta feira na rapidez na entrega: o CD chegou na minha casa na segunda feira seguinte, inteirinho e bem rápido.



Na Amazon, minha compra foi feita antes mesmo da sexta. Beautiful Oblivion, da Jamie McGuire, entrou em promoção e estava sendo vendido na loja americana a dois dólares. DOIS DÓLARES! Convertendo, eu paguei cinco reais num ebook que custaria mais de vinte em dias normais. A promoção ainda está valendo, se alguém aí quiser correr e garantir um (vale a pena, just saying).


E por último, mas não menos importante, as compras da Saraiva! Como disse lá em cima, meu carrinho tinha oito livros no início: Essa Garota - Colleen Hoover, Sempre Foi Você - Carrie Elks, As Batidas Perdidas do Coração - Bianca Briones, Simplesmente Acontece - Cecelia Ahern, Orgulho e Preconceito - Jane Austen (na edição bilíngue de luxo), Um Amor Para Recordar e Diário de Uma Paixão - Nicholas Sparks e Por Uma Questão de Amor - Beatriz Cortes. O problema foi que o site demorou tanto para conseguir, efetivamente, finalizar meu pedido, que quando eu consegui, Por Uma Questão de Amor estava esgotado. Quase chorei, porque fiquei realmente com vontade de lê-lo e de descobrir mais uma autora brasileira. Mas a hora dele ainda vai chegar. E com os livros do Nicholas, o que aconteceu foi o seguinte: eles saíram da promoção e triplicaram de preço. Como a intenção era levar mais por menos, precisei abrir mão deles e fiquei só com os cinco que já estavam garantidos. 

Não consegui chegar nem perto do meu objetivo da listinha que postei aqui há umas semanas, mas já foi alguma coisa, né? Que venham as próximas promoções malucas do Submarino! (com livros bons dessa vez, por favor, amigos). 

Resenha: Desastre Iminente, Jamie McGuire - Belo Desastre #2


Desastre Iminente/Walking Disaster
Jamie McGuire
Verus
♥♥♥♥♥

Adiar a leitura de Desastre Iminente foi uma das coisas mais estúpidas que eu já fiz na vida, confesso. Atrasar a resenha também foi muito ruim, mas aqui estou eu, me redimindo da melhor forma possível: com Travis, o Maddox mais novo e mais conhecido da família - até agora. Achei que Desastre Iminente não fosse ser nada interessante simplesmente por contar a mesma história de Belo Desastre, mas foi só começar para perceber que: não há monotonia que resista a Travis Maddox, mesmo com a história repetida. De verdade.

Quando li Belo Desastre, achei o relacionamento de Travis e Abby absolutamente intenso, quase doentio - e mesmo assim não consegui sentir medo. Não é que eu queira um Travis na minha vida - não tenho estrutura pra um homem desses, meu povo -, mas se eu já entendia o lado dele antes, vou me tornar a advogada de defesa mais dedicada de todos os tempos. O cara só ama demais e faz tudo o possível pra ser amado de volta, porque antes de Abby, ele só amou assim uma mulher e ela morreu quando ele tinha cinco anos. 

Para quem está chegando de paraquedas sem conhecer a história deles dois (aqui tem a resenha de Belo Desastre), vou dar um panorama rápido. Travis divide apartamento com Shepley, seu primo e melhor amigo. A namorada de Shep é America, que calha de ser a melhor amiga de Abby (e a única que sabe do passado conturbado da amiga). Quando Travis bate os olhos em Abby pela primeira vez, em uma de suas lutas, ele se interessa. Gradativamente, vai conquistando a confiança dela, até que ela se apaixone da mesma forma que ele. Uma aposta vira a cereja do bolo e Abby tem que passar um mês na casa dos meninos. Mais especificamente, dormindo na cama de Travis. 

"- Preciso te ouvir dizer. Preciso saber que você é minha. 
- Eu sou sua desde o segundo em que nos conhecemos."

Descobrir a história através dos pensamentos de Travis foi ainda mais apaixonante do que quando Abby foi a narradora. Ver o planejamento de todas as surpresas, as justificativas - por mais que tenham sido de coisas injustificáveis - de todas as besteiras que ele fez e até algumas coisas que não foram contadas no primeiro livro me fizeram - se é que isso é possível - me apaixonar mais por esse cara e perceber que vai ser bem difícil achar um personagem que fique no mesmo nível de um Maddox e do Will, de Métrica, na minha vida. Sim, apesar de eles serem diferentes, eu os amo da mesma forma. E como, atualmente, estou lendo Beautiful Oblivion, que conta a história de Trenton, irmão de Travis, já sei que todos os Maddox foram feitos para me deixar suspirando pela vida.

"- Você nunca faria nada para me magoar.
- Eu preferia cortar um braço - suspirei"

Jamie McGuire definitivamente merece todo o sucesso que vem fazendo nos últimos anos. Na pouca experiência que tenho criando romances, já percebi uma coisa óbvia: é muito mais fácil para uma mulher criar um personagem narrador feminino do que um masculino. E ela fez o Travis com tanta naturalidade que era impossível perceber que tudo aquilo tinha saído da cabeça de uma mulher. Vamos combinar que uma das piores coisas que existem na vida de um leitor é pegar um narrador homem que pense como uma mulher ou o contrário. Como diria uma amiga minha, eu leria até a lista de supermercado dessa mulher e colocaria como uma das minhas histórias (?) preferidas, apenas por ter autoria dela. 

"- Desculpa te ligar tão cedo - ela gaguejou - mas isso não pode esperar. Eu... naõ posso jantar com você na quarta. (...) Pra falar a verdade, não posso mais te ver. Eu... tenho certeza que estou apaixonada pelo Travis. 

Meu mundo inteiro parou. Tentei repassar na minha mente as palavras que ela dissera. Eu tinha ouvido direito? Ela tinha mesmo dito o que achei que tinha, ou era apenas uma ilusão que refletia o meu desejo?

- Ele desligou na minha cara - ela disse com a testa franzida.
- Você me ama? 
- São as tatuagens - ela respondeu, irreverente e dando de ombros como se não tivesse acabado de dizer a única coisa que eu sempre quis ouvir. 

A Beija-Flor me amava."

Resenha: Os Solteiros, Meredith Goldstein


Os Solteiros/The Singles
Meredith Goldstein
Novo Conceito
♥♥♥

Minhas opiniões em relação a esse livro ainda estão beeem confusas. Para começar, ele se passa, inteiro, numa noite só, durante uma festa de casamento. E se nem o fato de ser um casamento me fez amar o livro, tem alguma coisa errada por aí.

A divisão de pontos de vista de Os Solteiros é feita em cinco partes e a narração é em terceira pessoa.Hannah, Vicki, Joe, Rob e Phil - os únicos convidados sem acompanhante na festa - são os nossos olhos e ouvidos na festa de casamento de Bee, cada um com seu drama particular.

Hannah é uma das madrinhas e estudou com Bee em sua primeira faculdade, assim como Vicki. Para Hannah, a festa é um pouco mais dolorosa porque, pela primeira vez, ela vai reencontrar Tom, o ex namorado de anos que decidiu voltar para sua cidade natal e ficar mais perto da família enquanto ela tinha um emprego promissor em Nova York. Detalhe: Ele estará acompanhado da nova namorada. Vicki tem um trabalho que paga muito bem, mas que é tedioso e não a deixa ter tempo para mais nada. Joe é tio de Bee, mora e trabalha em Las Vegas e vive afastado da filha, que vive em outro estado com sua ex  esposa. Rob também estudou com Hannah, Bee, Vicki e Tom e, há muito tempo, não entra em contato com os antigos amigos. Phil, por sua vez, cai de para quedas na festa de Bee. Sua mãe é uma amiga antiga da mãe do noivo e manda o filho em seu lugar quando fica doente e não pode comparecer. 

Por mais que pareça confuso, as cinco histórias interligadas são até fáceis de entender. E talvez esse seja um dos únicos pontos positivos desse livro. Não sei se sou exigente demais, mas senti falta de profundidade na história e pode até ser que, o estilo do livro - muitos personagens principais e acontecimentos de só uma noite - justifique essa "falta de conteúdo", mas me incomoda, de verdade. 

A escrita de Meredith, por outro lado, é bem fluída. Por mais que não tenha gostado muito, consegui ler o livro inteiro em uns dois ou três dias, nos caminhos de ida e volta para a faculdade. Ele também é bem fininho, só 255 páginas, o que ajudou bastante. 

Confesso que a parte mais legal, ao meu ver, é a mania que Hannah tem de escalar atores para todas as pessoas que conhece, já que é diretora de elenco. É uma boa distração associar as pessoas ao seu redor com atores de Hollywood. Tentem em dias de tédio :) 

"- Matthew McConaughey - ela disse, em voz baixa. 
 Não, estava errado. (...) Ela precisava de alguém mais sério. 
- Clive Owen - Hannah sussurrou dessa vez, mas logo depois, fazendo não com a cabeça. Sério demais. (...)
- David Boreanaz - Ela sussurrou para si mesma, quase sem produzir som algum, quando ele se virou, notando sua presença. - Com certeza David Boreanaz"

O que fica na minha cabeça depois de ler  Os Solteiros é: se você for madrinha de um casamento onde vai encontrar o seu ex, não tome remédios calmantes. E muito menos os misture com bebidas. Mas, como o emu ex é uma pessoa bem amigável e eu não bebo, acho que esse conselho fica de banco de dados para eu poder oferecer a algumas amigas. 

PS: Vou ficar sem aparecer por aqui até o início da semana que vem, peeps. Estou indo para um congresso na minha igreja e vou passar o feriado todinho por lá. Estou ansiosa por voltar a dançar <3 segunda feira conto mais! 

Black Friday vem aí, olê, olê, olá




Eis que está se aproximando o dia mais feliz da vida das pessoas que amam gastar grana pela internet: a Black Friday. Ano passado, eu estava meio sem grana e, pra não cair na tentação, nem entrei na internet na sexta feira fatídica. Esse ano, eu também estou desempregada (chora), maaaaas meu pai é uma pessoa maravilhosa e disse que eu podia comprar uma quantia certa de livros para ganhar de presente de natal. Como não sou boba, estou, lindamente, esperando pelo dia 28 de novembro pra poder torrar meu dinheirinho em mais livros, mais baratos. 

O que não impediu em nada que eu fosse a algumas Saraivas (meu lugar preferido da história) pra fazer umas pesquisas anteriores e decidir alguns títulos certos para procurar na madrugada do dia 27 para o dia 28 (não quero correr riscos com estoques acabando e afins). Resolvi postar por aqui porque quero saber se alguém tem mais opiniões pra me dar e pra, depois, quando meus queridinhos chegarem na minha casa, poder comparar, efetivamente, o que tinha na lista e o que foi comprado. 


  1. Belo Casamento, Jamie McGuire
  2. Bela Distração, Jamie McGuire (ou Beautiful Oblivion)
  3. Simplesmente Acontece, Cecelia Ahern
  4. Sempre Foi Você, Elks Carrie
  5. Easy, Tammara Webber
  6. Breakable, Tammara Webber
  7. As Batidas Perdidas do Coração, Bianca Briones
  8. Álbum de Casamento, Nora Roberts
  9. Mar de Rosas, Nora Roberts
  10. Bem Casados, Nora Roberts
  11. Felizes Para Sempre, Nora Roberts
  12. Ser Feliz é Assim, Jennifer E. Smith
  13. The 100, Kass Morgan
  14. Legend, Marie Lu
  15. Prodigy, Marie Lu
  16. Champion, Marie Lu
  17. Prova de Fogo, James Dashner
  18. Where She Went, Gayle Forman
  19. A Verdade Sobre Nós, Amanda Grace
  20. Essa Garota, Colleen Hoover

Não necessariamente organizados em ordem, dessa lista de 20 livros vai sair a minha felicidade natalina e eu tenho certeza que vou sofrer para cortar alguns na hora das compras. Mas não sem prometer a eles que os compro depois. Mesmo assim, aceito sugestões de títulos novos que podem fazer a diferença na minha estante (cof, cof)

Resenha: The Sea of Tranquility, Katja Millay


The Sea of Tranquility
Katja Millay
Atria Books
 ♥♥♥♥♥ ♥

"Good morning, Sunshine (...) What? Sunshine fits you. It’s bright and warm and happy. Just. Like. You."

Um livro para derrubar todos os forninhos existentes na sua vida. Me perguntaram o que eu tinha achado de The Sea of Tranquility (O Mar da Tranquilidade, em português) e foi basicamente assim que eu respondi. Sabe aquela história que te prende, com personagens absurdamente bem construídos a ponto de você gostar até de quem não é tão agradável? Pois é. E Josh Bennett, meu Deus do céu, foi para um dos lugares mais altos da minha lista de namorados literários. Com certeza.

Nastya Kashnikov é uma jovem que acabou de se mudar para a casa da tia, Margot, em outra cidade, para tentar recomeçar a vida depois de um trauma. Como consequência desse trauma, ela tem uma mão que teve que ser reconstruída, a impossibilidade de tocar piano pelo resto dos seus dias, cicatrizes pelo corpo todo e um diferencial: Nastya não fala. A tragédia que marcou a sua adolescência foi tão grande que ela simplesmente perdeu a vontade de falar sobre isso ou qualquer outra coisa. Mas isso não quer dizer que ela não saiba se expressar. Suas roupas escuras, curtas e maquiagem carregada transmitem a imagem que ela quer ter. Que não necessariamente é a verdade. 

“I hate my left hand. I hate to look at it. I hate it when it stutters and trembles and reminds me that my identity is gone. But I look at it anyway, because it also reminds me that I’m going to find the boy who took everything from me. I’m going to kill the boy who killed me, and when I kill him, I’m going to do it with my left hand”

Josh Bennett perdeu todas as pessoas importantes da sua vida e, por isso, também construiu uma barreira em volta de si mesmo. Enquanto Nastya não fala com ninguém, Josh só fala o estritamente necessário e para determinadas pessoas. Na escola, ele constrói um campo de força intransponível em volta de si mesmo. Mesmo assim, esse campo de força não é suficiente para afastar a menina russa de roupas curtas e maquiagem pesada. Os passados trágicos deles dois atraem um ao outro e sem perceber, a relação deles vai ficando mais forte a cada dia. 

“I wonder what it will take for her to pick uo on the fact that she lives in the same world as everybody else, and in that world, people leave me the fuck alone”

O mérito dessa ligação é, em partes, dado a Drew Leighton, o melhor amigo de Josh e completamente oposto a ele. Drew é lindo, rico, popular e só pensa em meninas. Quando Nastya aparece, ele se interessa no mesmo instante. O que ele não sabia é que menina ia fazer com que ele amadurecesse e enxergasse muitas coisas até então ignoradas em seu mundinho de festas e garotas. E, devo admitir: ele se tornou um dos meus personagens preferidos, pelo desenvolvimento e pela forma como ele carrega todos os acontecimentos dramáticos da história. Amo os coadjuvantes que fazem um livro valer a pena.

A relação de Nastya e Josh é, definitivamente, uma das mais bonitas que eu já li. Não apenas por ser bem construída em relação à disposição dos fatos e em como tudo acontece, mas por ser apaixonante mesmo quando não devia. Eles dois são o encaixe um do outro num mundo onde acharam que nunca mais se encaixariam em lugar algum e isso pode soar cliché, mas é verdade. E digo mais: Nastya e Josh chegaram ao patamar antes alcançado apenas por Will e Lake, de Slammed, da Collen Hoover (que por sinal é minha autora preferida) na minha lista de casais literários preferidos. E isso não é pouca coisa. 

“What did you call her?" she asks but I don't think it's her real question.
"Sunshine," I say, and she smiles like she believes it's perfect and she may be the only person other than me who would think so.
"What is she to you?" she whispers. The real question and I know the answer even if I don't know how to say it.
Drew's muffled voice rises up from the floor before I can respond.
"Family," he says.
And he's right.”

A narração da história é dividida entre Nastya e Josh e se eu já amava essa divisão de pontos de vista, fiquei mais apaixonada ainda agora. Katja fez essa divisão absurdamente bem e era possível se identificar com os sentimentos dos dois personagens. Talvez tenha sido por isso que eu me envolvi tanto com a história e sofri junto com eles o tempo inteiro. E está pra nascer sensação melhor do que essa para pessoas que gostam de ler, certo? Também é muito interessante a forma como ela conta sobre o passado de Nastya ao longo da história atual. A brincadeira entre o passado das lembranças dela e o tempo presente aumentou o dinamismo da divisão de vozes e fez com que eu não quisesse desgrudar do livro nem por um segundo.

O fato é: você PRECISA ler esse livro pra ontem; Se gosta de new adults, vai amar. Se não conhece o gênero, POR FAVOR, o que você está esperando para mergulhar nessa maravilha de vida literária? The Sea of Tranquility é ótimo para o começo porque apresenta todos os elementos dos new adults (drama, sexo, palavrões, traumas e etc) em um equilíbrio perfeito. Sério. Então, vamos aproveitar a Black Friday no final desse mês e comprar, combinados? Ele já foi publicado no Brasil como O Mar da Tranquilidade, então quem não consegue ou não gosta de ler em inglês não tem desculpa! Vale a pena, amigos :)


“(...) but Josh is my escape. He’s my hiding place”

Filmes de menininha pra vida!

Antes de começar, devo frisar que espero que esse post seja encarado com naturalidade e sem julgamentos à blogueira que vos fala. Depois de ler Um Amor de Cinema, a parte de mim que é viciada em filmes de menininhas se ativou novamente e foi só por falta de tempo que eu não fiz uma maratona de filmes com pipoca pra assistir. Maaas como a vida é bela, Deus é fiel e eu já estou preparando a lista de coisas para fazer nas férias (que chegam no final do mês, graças aos céus), entre as séries que pretendo atualizar e os livros que pretendo ler, fiz uma listinha de filmes para re-assistir. E aqui estão eles, pra ver se algum de vocês se empolga e assiste comigo.

1 - Ela Dança, Eu Danço (Step Up) 


O único problema desse filme para mim é, com certeza, a tradução malfadada que fizeram para o português. Channing Tatum, Jenna Dewan, coreografias lindas e... romance de menininha! Perdi as contas de quantas vezes fiquei na frente da TV imitando a Nora e tentando dançar que nem ela. E a apresentação final? Demais pro coração de uma ex dançarina que está quase voltando pra paixão da vida (e não vê a hora de calçar as sapatilhas novamente). Adicional de fofura: Channing e Jenna começaram a namorar na época que gravaram o filme e se casaram dois anos depois. Estão juntinhos até hoje e já são até papais. Agora, Jenna assina como Jenna Dewan-Tatum. E isso é amor <3

2 - O Diabo Veste Prada (The Devil Wears Prada)


Meryl Streep e Anne Hathaway já seriam motivos suficientes para assistir qualquer filme. Juntando essas duas divas, ganhadoras do Oscar, maravilhosas, com a cidade de Nova York, roupas e sapatos incríveis, eu fico babando na frente da TV toda vez que passa (isso porque tenho o DVD). 

3 - Os Delírios de Consumo de Becky Bloom (Confessions of a Shopaholic)


Becky é uma jornalista viciada em gastar dinheiro com roupas, sapatos e maquiagem. Me identifico demais e acho que é por isso que gosto tanto dele. E juro que isso não tem nada a ver com o fato do Hugh Dancy ser o editor maravilhoso que acaba com a Isla Fischer (linda!) no final. Eu nem tenho aquela vontadezinha pequena de ganhar uma echarpe verde quando me formar na faculdade. Imagina.

4 - Noivas em Guerra (Bride Wars)


Olha a Anna Hathaway aqui de novo (nothing hurts porque ela é diva mor). É óbvio que um filme de casamento não podia ficar fora da minha listinha estrogênica de cinema. E esse filme é daqueles top dos tops, porque a Kate Hudson também é maravilhosa e me ensinou que "você não ajusta um Vera Wang para caber em você. Você se ajusta para caber no Vera Wang".

5 - Programa de Proteção para Princesas (Princess Protection Program)


Eu fui uma criança (e adolescente) Disney Channel total e um filme deles nunca fica fora das minhas sessões de relaxamento. Gosto muito de Demi e Selena até hoje (não aceito julgamentos, bjs) e lembro que esse filme foi o ápice da minha vida de fangirl: Princesas, coroas, Demi, Selena, bailes, vestidos bonitos e uma música gravada por elas duas. Não precisava de mais nada! 

E vocês? Que filmes vocês assistem quando querem se desligar do mundo? 

Resenha: Um Herói Para Ela, Lu Piras


Um Herói Para Ela
Lu Piras
Novo Conceito
Skoob
♥♥♥

Na última semana, me aventurei pelos escritos de mais uma autora brasileira e, cada vez mais, tenho gostado de ver como a nossa literatura tem crescido e se desenvolvido. Lembro que eu criei o hábito de ler depois de um rodízio que fiz com as migas da escola de Fazendo Meu Filme 1, da Paula Pimenta, há uns seis anos. E de lá pra cá, a quantidade de nomes da nossa terra nas estantes das livrarias cresceu muito. Isso é ótimo por vários motivos, mas eu vou citar só dois: Diminui o nosso preconceito com as coisas que saem daqui e dá esperança para as pessoas que, como eu, um dia, também querem estar nas estantes (da livrarias e das casas).

A escolha da vez foi a Lu Piras, e a história, é de ficar juntinho com qualquer filme hollywoodiano de romance e ação, porque sim. Bianca Villaverde é uma advogada de 23 anos que tem um emprego nada agradável e ainda acredita que um dia vai encontrar seu príncipe encantado. Enquanto não encontra, ela vai tentando com vários sapos. Mas o problema é que eles nunca se transformam em príncipes. A cada namorado, uma decepção e um pouco mais de insegurança para Bia.

Apesar de ser advogada, a grande paixão da vida de Bianca é o cinema. Mais especificamente, a parte de roteiros. Quando Helena, sua mãe, aparece com a ideia de inscrever algum dos roteiros dela para a New York Film Academy, Bia não achava que ia passar, de forma alguma. Mas, algumas semanas depois, ela estava de malas prontas para um curso de dois meses na NYFA, na cidade que nunca dorme, no que era o passo mais arriscado que ela já deu em toda sua vida.

Ao tentar se acostumar com a cidade, por duas vezes, Bianca se meteu em confusões sem querer e foi salva por um cara misterioso, com uma tatuagem de medusa no braço. Enquanto tentava descobrir quem ele era, Bia se pegou pensando constantemente no garçom de um restaurante que ficava próximo de sua casa. Afinal de contas, quem consegue esquecer com facilidade de um italiano como Salvatore, que te chama de signorina com todo aquele sotaque e aqueles olhos. Além deles dois, Bia ainda se vê envolvida com o vocalista de uma banda de mascarados e com Paul, seu colega da NYFA, que tem tudo para preencher o papel do príncipe na história de qualquer filme – e está bem apaixonado por ela.

"Bianca pensou em seu romance favorito e se ouviu lendo, tempos atrás: "Esta cara fantasmagórica não me inspira qualquer temor agora. É na tua alma que s verdadeira distorção reside.
Quem era Salvatore, afinal? Mocinho ou bandido?"

A parte em que todo esse mistério em relação ao cara mascarado e ao cara que vive salvando Bianca pelas ruas de Nova York, é, sem dúvidas, o pedaço mais intrigante do livro todo. Só achei que ele podia ser um pouquinho maior. Quando eu comecei a supor a solução dos mistérios todos, Lu me deu a resposta (e eu estava certa, YAY). Talvez por ser rico em conteúdo (muita coisa acontece nesse livro, vocês não tem noção), a história de Um Herói Para Ela seja um pouquinho corrida demais. Senti falta de profundidade e naturalidade. A narrativa, às vezes, parecia ser um pouco forçada. Sabe comercial de margarina? Pois é. 

Outra coisa que me incomodou um pouco foi a imaturidade de Bianca. Quando você pensa numa pessoa de 23 anos, formada na faculdade de Direito, que vai para os Estados Unidos correr atrás de um sonho, espera, ao menos, que ela tome atitudes um pouco mais maduras que as de Bia. A imaginei como uma adulta e ganhei uma menina que parecia ter acabado de sair do ensino médio de presente.

Apesar disso, o livro vale a pena pela história. Eu realmente não consegui desgrudar os olhos dele no início, queria muito descobrir as confusões todas e desatar os nós que Bianca e Salvatore deram na minha cabeça.


PS: Salvatore é muito amor. De verdade. Quero ele pra mim. Tipo, agora. 

"- Eu não preciso tirar sua máscara para saber quem você é.
- Mas eu quero que tire. - ele impôs"

A tradição dos bem casados

Então eu vim falar de casamentos mais uma vez por aqui. Acontece que eu tenho uma amiga que está começando essa jornada matrimonial e eu vou ser madrinha dela (YEY!!!). O que quer dizer que estou ajudando a planejar todos - todos mesmo - os detalhezinhos, começando pela festa de noivado. Mas como o ápice do nosso cuidado e criatividade tem que vir no grande dia, nós já começamos a ver os detalhes da festa de casamento também. As tradições de casamento são alguns dos motivos por eu ser tão apaixonada por isso e entre buquês e nomes na barra do vestido, os bem casados são os que eu mais amo. Além de serem lindíssimos e fazerem parte da decoração, eles são sempre deliciosos. Como não amar?  haha

Diz a lenda que os bem casados simbolizam duas partes que se unem e são seladas pela cumplicidade e respeito mútuos. Ou seja, simbolizam o casal protagonista de cada festa de casamento (ou a pessoa em evidência nas outras ocasiões em que bem casados são servidos). Crê-se que a pessoa que come um bem casado é abençoada com a mesma alegria e sorte do casal e que se fizer um pedido antes da primeira mordida, ele será realizado. Não sou muito de acreditar em lendas, mas amo bem casados do mesmo jeito.

E o Pinterest ama me dar ideia de decoração da mesa de bem casados. Dei uma olhada para o casamento dessa minha amiga e decidi selecionar algumas fotos pra postar por aqui, E descobri que tenho um padrão na escolha de mesas de decoração para bem casados, na verdade (mais uma coisa que vai ser uma grande dúvida quando eu for casar). E vocês, gostam de bem casados?















Resenha: Um Amor de Cinema, Victoria Van Tiem



Um Amor de Cinema/Love Like the Movies
Victoria Van Tiem
Verus
♥♥♥♥

Ah, as comédias românticas! Esse livro me fez relembrar porque eu realmente gosto desse gênero e me fez perceber novamente que eu sou muito, muito, muito menininha. Cheguei a comentar na página do blog no Facebook que Um Amor de Cinema era uma versão em livro das comédias românticas de maior sucesso de Hollywood e, depois que terminei o livro, tive certeza. Talvez, por isso tenha gostado tanto.

Kenzington Shaw, Kenzi para os íntimos, é uma designer de 29 anos bem sucedida. Ela trabalha numa boa agência de publicidade em Indianápolis e está noiva de Bradley Connors, a personificação do Ken da Barbie. Bradley sempre deixa um estoque de vinho na geladeira dela, é amado por sua família exigente e escolheu um anel de noivado gigante da Tiffany's. O que mais ela podia querer?

As coisas começam a se enrolar quando Kenzi descobre que o cliente por trás do seu último projeto de design, um restaurante com cinema temático, é Shane Bennett, seu namorado da época da faculdade. Sete anos antes, ela descobriu por Tonya, uma de suas amigas e atual colega de trabalho que Shane a havia traído numa festa. Eles terminaram e Shane voltou para a Inglaterra, seu país de origem.

Com a agência atolada de problemas financeiros, a conta do Carriage House de Shane, é estreitamente necessária para que ela mantenha as portas abertas e para que o emprego de Kenzi seja mantido. Então ela se vê obrigada a aceitar a única condição de Shane para assinar o contrato com a Safia: usando a desculpa de que vai ajudar Kenzi a desenvolver o conceito desejado por ele para as peças da conta, Shane entrega a ela uma lista de dez filmes e a faz reviver cenas marcantes deles. Tipo a cena de dança de Dirty Dancing e a cena das compras de Uma Linda Mulher. Foi aí que me apaixonei pelo cara.

"- Bom, então eu acho que vou ter que te pedir outra coisa. (...)
- Uma gravata? 
- É. A bela Vivian compra uma gravata para Edward, lembra?"

Ellie, melhor amiga de Kenzi, é parte importante da história e, realmente, é impossível não gostar dela. Não posso contar tudo o que ela faz mas posso garantir que ela fez muito bem em escolher o lado certo da grande confusão que a vida de Kenzi vira.

Me decepcionei um pouquinho com alguns pontos soltos que Victoria deixou na história, mas, realmente, não foi nada muito importante. Os plots principais ganharam desfechos dignos de grandes comédias românticas, o que era de se esperar. A narração de Kenzi é leve e bem divertida. Talvez esse tenha sido o motivo pelo qual eu não consegui largar o livro no final: queria saber o que ia acontecer e Kenzi me levou até lá sem muitos rodeios e sem me deixar com o sono que eu deveria ter, já que eram uma da manhã de um dia de semana.

"Ainda não tenho trinta anos e minha vida não é bem sucedida. Mas, como Jenna Rink, tenho a chance de recomeçar e escolher uma nova direção, Parece que vou poder fazer tudo diferente, afinal.
E não precisei de pó mágico. Só de coragem.

Os amantes de chick lits e comédias românticas vão A-M-A-R esse livro. Já quem não é tão fã do estilo "menininha" de ser, pode perder tempo se der uma chance. Eu sei que amei e que quero um Shane Bennett pra mim - sem a parte da traição, claro.

PS: equipe de tradução da Verus, eu amo vocês. De verdade. Mas "sempre sempre" não faz sentido algum como expressão.

Promoção: 3 anos de Miss Thay



Oi gente! Então, é o seguinte: Esse mês, o Miss Thay, blog parceiro aqui do Verão e de uma amiga minha da época da escola, faz três anos <3 E pra comemorar, eu me juntei à Thaís e a mais outros blogs pra comemorar com ela. E o melhor, além dos nossos livros, vocês ainda tem outras oportunidades de ganhar, com as outras parcerias da Thaís. No total, vão ser três kits com dez livros para três ganhadores. Confesso que eu mesma to quase me inscrevendo pra ganhar alguns livros, haha.

E como os sorteios são pelo Rafflecopter, é tudo super fácil de participar e ganhar, na verdade. Estão esperando o que pra começar a participar? Go, go, go, go!!







Regrinhas:

- O sorteio se inicia no dia 20/10 e termina dia 20/11
- Os blogs e editoras participantes tem até 40 dias para envio dos prêmios após a divulgação dos resultados
- Em caso de extravio dos correios, os blogs não serão responsabilizados
- Quem não cumprir as regras obrigatórias será desclassificado
- O vencedor deverá responder o e-mail com os dados em até 72 horas, caso contrário, outro sorteio será feito
- Os ganhadores deverão ter endereço de entrega no Brasil

Boa sorte!

Resenha: Como Eu Era Antes de Você, Jojo Moyes


Como Eu Era Antes de Você/Me Before You
Jojo Moyes
Intrínseca
♥♥♥♥

Acho, realmente, que o nome desse livro é meio que uma previsão do que você vai se pegar pensando ao acabar de lê-lo. Eu acho que Will Traynor me ensinou algumas coisas (uma delas foi que você pode amar e odiar uma pessoa tranquilamente) e eu, com certeza, mudei minha opinião e forma de pensar em relação a alguns assuntos. E não há como não chorar um pouquinho com os acontecimentos.

Louisa Clark é uma jovem inglesa de 26 anos. Ela mora em Stortfold, típica cidade pequena de interior. O castelo Stortfold é o que faz a cidadezinha ganhar movimento com os turistas nas férias. Lou trabalhava há seis anos no The Butttered Bun, um café tradicional, mas quando Frank, dono da loja, precisou fechá-la, ela se viu desempregada, sem estudo e sem experiência para conseguir algo melhor do que trabalhar numa frigorífica de frangos no turno noturno.


Quando uma vaga para ser cuidadora de um tetraplégico aparece, Lou aposta todas as suas fichas. O tetra que precisa de cuidados é Will Traynor, ex-CEO de 35 anos, com lesão nas vértebras C3 e C4 da coluna, causada por um acidente de motocicleta dois anos antes. Intransigente, indelicado e bruto com as palavras, ele faz os primeiros dias de trabalho de Lou um verdadeiro inferno. Ela persiste porque precisa do dinheiro para ajudar a família.

"- E se eu disser que não quero mais você aqui?
- Não fui contratada por você. Fui contratada pela sua mãe. E, a não ser que ela não me queria mais aqui, vou continuar. Não porque me importe particularmente com você, ou com este trabalho idiota, ou por querer mudar a sua vida de alguma maneira, mas porque preciso do dinheiro. Certo? Eu realmente preciso desse dinheiro."

Ao descobrir o motivo por ter sido contratada apenas por seis meses, Lou quase desiste. Depois, bola um plano mirabolante de ir contra as circunstâncias e acaba quebrando a casca grossa de Will e consegue conviver com quem ele é de verdade, ou, pelo menos, era, antes do acidente.

"- Ah, anime-se, Clark. Sou eu que estou recebendo ar escaldante nos genitais.
Não respondi. Ouvi a voz dele por cima do barulho do secador.
- Vamos lá, qual é a pior coisa que poderia me acontecer: acabar numa cadeira de rodas?
Pode parecer idiota, mas não consegui não rir. Era o mais perto que Will chegara de realmente tentar fazer algo para me animar." 

O universo criado por Jojo com as situações, as personalidades fortes dos dois protagonistas, as falas e a intensidade com que Lou se entrega a esse emprego e à missão que aceita junto delete inserem com muita facilidade na vida de Will. A forma como a relação de confiança, cumplicidade e até amor deles dois cresce é linda de se ver e é por isso que é impossível não se sensibilizar e ficar com uma ressaca literária das mais brabas com eles dois. A analogia com o nome do livro também se encaixa totalmente neles dois. Will e Lou nunca foram mais os mesmos depois que se conheceram. E isso foi algo bom para eles dois.

Perdi as contas de quantas vezes tive vontade de entrar no livro, voltar o tempo e fazer Will e Lou se conhecerem antes do acidente dele. Mas, talvez, a história não seria tão bonita caso isso acontecesse. A verdade é que eu nunca mais vou olhar um cadeirante da mesma forma novamente. e isso eu tenho que agradecer à Jojo Moyes. Nunca tinha lido nada dela, mas acho que foi uma ótima compra e uma ótima autora a entrar na minha listinha de boas experiências literárias.

E tem mais: Se você vive fora do mundo da internet e das notícias de adaptações de livros para o cinema, o filme de Como Eu Era Antes de Você estreia em 2015 e já começou a ser filmado. Will e Lou serão interpretados por Sam Claflin, o Finnick Odair da franquia Hunger Games e Emilia Clarke, a Daenerys Targaryen de  Game of Thrones. Confesso que ainda não assisti nada da Emilia pra falar com propriedade sobre, mas imagino que ela vai ser uma Lou muito boa. Quanto a Sam, sou suspeita demais. Não apenas por ele dar vida ao meu personagem preferido de uma das minhas trilogias literárias preferidas no cinema, mas por ele ser um ótimo ator e super capaz de ~sambar na cara dos haters~ interpretando o Will, que vai ser o primeiro deficiente de sua carreira como ator. Apenas não vejo a hora de assistir esse filme e chorar como só chorei com A Culpa é das Estrelas no cinema.

"- Ei, Clark. Conte alguma coisa boa. 
Olhei pela janela para o céu azul claro da Suíça e contei a história de duas pessoas. Duas pessoas que não deviam se encontrar e que não gostaram muito um do outro quando se conheceram, mas que descobriram que eram as duas únicas pessoas no mundo que podiam se entender. Contei as aventuras que tiveram, os lugares onde foram e as coisas vistas que nunca esperaram ver. Conjurei para ele céus cheios de raios, mares iridescentes e noites repletas de risos e piadas bobas. Desenhei para ele um mundo, distante de uma área industrial suíça, um mundo onde ele ainda era, de algum modo, a pessoa que queria ser. Mostrei o mundo que ele tinha criado para mim, cheio de encantos e oportunidades. Deixei que soubesse que uma mágoa tinha se curado de um jeito que ele não podia imaginar, e que só por isso, eu estaria para sempre em dívida com ele. (...)
- E esses foram os melhores seis meses da minha vida.
- Engraçado, Clark, os meus também"

Resenha: A Probabilidade Estatística do Amor à Primeira Vista, Jennifer E. Smith


A Probabilidade Estatística do Amor à Primeira Vista/The Statistical Probabilty of Love at First Sight
Jennifer E. Smith
Galera Record
♥♥♥♥♥ + ♥


Estou completa e irrevogavelmente apaixonada pela história desse livro. Muitas pessoas falam que A Probabilidade Estatística do Amor à Primeira Vista é o Um Dia para jovens adultos, mas eu tenho que discordar. Porque ele é muito melhor. Tudo bem que eu abandonei Um Dia na metade porque achei chato, mas isso não vem ao caso.

“- Já sabe o que quer?
Se eu já sei o que quero?
Hadley pensa sobre a pergunta.
Ela quer ir para casa.
Quer que seu lar volte a ser o que era.
Quer ir para qualquer lugar, menos para o casamento do pai.
Quer estar em qualquer lugar que não seja este aeroporto.
Quer saber o nome dele.
Depois de certo tempo, olha para ele.
- Não sei o que quero – responde – Ainda estou decidindo.”

Em exatamente 24 horas, Hadley cria sua nova definição de “dia longo”. E isso tudo por causa de quatro minutos. Por causa desse atraso, Hadley perdeu o voo que a faria chegar a Londres seis horas antes da cerimônia de casamento de seu pai com a nova companheira. Mas também foi esse atraso que fez com que ela precisasse passar horas no aeroporto e conhecesse o charmoso jovem inglês que passaria as próximas horas ao lado dela, Oliver.

“- Você acha – diz com voz rouca – que gastamos todo o nosso assunto ontem?
- Impossível – diz Oliver (...) – Nem começamos a falar sobre coisas importantes de verdade. Coisas do tipo a luta pelos coalas. Ou o fato de Veneza estar afundando, Afundando! Dá para acreditar nisso?
Ela franze o rosto, fingindo preocupação.
- Isso é muito importante.
- Com certeza – insiste Oliver – para não falar do tamanho da pegada de carbono que estamos deixando depois dessa viagem. Ou a questão da diferença entre crocodilos e jacarés. Ou o voo mais longo de uma galinha.
- Por favor, diga que você não sabe a resposta.
- Treze segundos.”

Nas sete horas de voo que separam Nova Iorque de Londres, Hadley e Oliver dividiram pretzels, viram um filme infantil, dormiram e conversaram assuntos variados. Da claustrofobia dela e do medo do escuro que ele teve até os 11 anos até a relação conturbada deles dois com seus pais.

Há dois anos, Hadley guarda mágoas de seu pai, Andrew, por ter abandonado sua família para morar com Charlotte em Londres. Ela não conhecia a nova namorada que estava prestes a se tornar esposa de Andrew pessoalmente, só haviam conversado por e-mail e por telefone sobre o casamento. Se não fosse por Oliver, aquele dia teria tudo para dar errado na visão de Hadley. Mas Oliver passou sete horas ao seu lado, e isso mudou tudo.

“Ele se aproxima dela no final do corredor. Nenhum dos dois fala nada, mas Hadley sente alguma coisa, um peso em cima deles como um trem de carga: o momento de dizer adeus se aproxima. Pela primeira vez em horas, ela se sente tímida. Ao seu lado, Oliver está de cabeça baixa, lendo as instruções da alfândega, pensando no próximo passo, seguindo em frente. É isso o que se faz em aviões. Você divide apoio de braço com uma pessoa por algumas horas (...). E, depois, diz adeus.
Se é assim, porque está se sentindo completamente despreparada?”

A Probabilidade Estatística do Amor à Primeira Vista é curtinho, tem só 222 páginas, mas é imenso no quesito fofura e leveza. É incrivelmente fácil de ler, por mais que seja narrado em terceira pessoa e, apesar de contar só um dia da vida de Hadley, ele não deixa a desejar quando se trata de ação. Como ela própria diz, foi um dia longo.

Não foi só pelo Oliver e pela Hadley que me apaixonei. Eu já estou procurando as versões em inglês mesmo de The Comeback Season e You Are Here, os outros livros da Jennifer E. Smith  que ainda não foram lançados no Brasil. Há pouquíssimo tempo, a linda da Galera Record trouxe This Is What Happy Looks Like pra nossa terra com o nome Ser Feliz é Assim (skoob) e ele já está na minha lista de desejados. Parecem ser tão bons quanto Probabilidade foi. E, convenhamos, por mais que eu seja louca por romances clichês, de vez em quando é bom demais ler um que foge à regra!

Se você ainda não começou a procurar Probabilidade nas lojas e sites mais próximos para comprar (ou para sentar no banquinho da livraria mesmo e ficar lendo), está perdendo tempo.  Hadley e Oliver têm muito sobre família, destino e, claro, amor à primeira vista para ensinar.

“- O que você estuda de verdade?
- A probabilidade estatística do amor à primeira vista.
- Que engraçadinho – diz ela – Fale a verdade.
- Estou falando sério.
- Não acredito em você.

- As pessoas que se encontram em aeroportos têm 72 por cento mais chance de se apaixonarem que as pessoas que se encontram em outros lugares.”