We were both young when I first saw you


Um dia me disseram: "Vocês são muito jovens. Isso não vai dar certo". É o esperado para a paixonite aguda que te acomete quando você tem, sei lá, 11, 12 anos. Ainda bem que estavam todos errados. Não há como negar que foi difícil - e ainda está sendo. Também não há como negar que deu certo. E vai continuar dando.

Eu tinha 12 anos quando descobrimos que nossos amores platônicos um pelo outro de platônicos, não tinham nada. Mas como toda história tem sempre um anti-sujeito, nós também tivemos o nosso. Você foi embora e junto foram meus sorrisos e minha alegria. Pode soar como drama exagerado de uma menininha de 12 anos. Mas era realmente exagerado. Era demais pra mim na minha idade. É demais para qualquer um, por mais adulto e experiente que seja.

Você era novo numa cidade pequena. Centro das atenções. Literalmente. E aí quando alguma menina nova tentava se aproximar você falava que tinha namorada em outra cidade e não podia ficar com ela.

Eu fui aprendendo a lidar com a sua falta a cada dia. A cada notícia sua, uma pontinha de esperança nascia em mim. Esperança de que os dias iam passar mais rápido e você ia voltar para cá. E quando você voltou, o que devia ter me aliviado, me afligiu. O que nós éramos, exatamente? Eu gostava de você, você gostava de mim. Passamos dois anos longe um do outro e dois anos sem deixar ninguém ficar mais perto.

O primeiro encontro foi... mágico. Você resolveu aparecer uns trinta centímetros mais alto que eu e essa foi a parte mais injusta de todas. Matamos saudades. Saudades das vozes, do toque, da presença. Dos beijos. E que beijos.

O que a gente vai ser daqui para a frente, eu não tenho ideia. Mas o bom da pouca idade é esse: Nós temos tempo suficiente para descobrir. E para curtir muito depois disso.

*Para Thaís Pinheiro :) 

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