Resenha: Os Solteiros, Meredith Goldstein


Os Solteiros/The Singles
Meredith Goldstein
Novo Conceito
♥♥♥

Minhas opiniões em relação a esse livro ainda estão beeem confusas. Para começar, ele se passa, inteiro, numa noite só, durante uma festa de casamento. E se nem o fato de ser um casamento me fez amar o livro, tem alguma coisa errada por aí.

A divisão de pontos de vista de Os Solteiros é feita em cinco partes e a narração é em terceira pessoa.Hannah, Vicki, Joe, Rob e Phil - os únicos convidados sem acompanhante na festa - são os nossos olhos e ouvidos na festa de casamento de Bee, cada um com seu drama particular.

Hannah é uma das madrinhas e estudou com Bee em sua primeira faculdade, assim como Vicki. Para Hannah, a festa é um pouco mais dolorosa porque, pela primeira vez, ela vai reencontrar Tom, o ex namorado de anos que decidiu voltar para sua cidade natal e ficar mais perto da família enquanto ela tinha um emprego promissor em Nova York. Detalhe: Ele estará acompanhado da nova namorada. Vicki tem um trabalho que paga muito bem, mas que é tedioso e não a deixa ter tempo para mais nada. Joe é tio de Bee, mora e trabalha em Las Vegas e vive afastado da filha, que vive em outro estado com sua ex  esposa. Rob também estudou com Hannah, Bee, Vicki e Tom e, há muito tempo, não entra em contato com os antigos amigos. Phil, por sua vez, cai de para quedas na festa de Bee. Sua mãe é uma amiga antiga da mãe do noivo e manda o filho em seu lugar quando fica doente e não pode comparecer. 

Por mais que pareça confuso, as cinco histórias interligadas são até fáceis de entender. E talvez esse seja um dos únicos pontos positivos desse livro. Não sei se sou exigente demais, mas senti falta de profundidade na história e pode até ser que, o estilo do livro - muitos personagens principais e acontecimentos de só uma noite - justifique essa "falta de conteúdo", mas me incomoda, de verdade. 

A escrita de Meredith, por outro lado, é bem fluída. Por mais que não tenha gostado muito, consegui ler o livro inteiro em uns dois ou três dias, nos caminhos de ida e volta para a faculdade. Ele também é bem fininho, só 255 páginas, o que ajudou bastante. 

Confesso que a parte mais legal, ao meu ver, é a mania que Hannah tem de escalar atores para todas as pessoas que conhece, já que é diretora de elenco. É uma boa distração associar as pessoas ao seu redor com atores de Hollywood. Tentem em dias de tédio :) 

"- Matthew McConaughey - ela disse, em voz baixa. 
 Não, estava errado. (...) Ela precisava de alguém mais sério. 
- Clive Owen - Hannah sussurrou dessa vez, mas logo depois, fazendo não com a cabeça. Sério demais. (...)
- David Boreanaz - Ela sussurrou para si mesma, quase sem produzir som algum, quando ele se virou, notando sua presença. - Com certeza David Boreanaz"

O que fica na minha cabeça depois de ler  Os Solteiros é: se você for madrinha de um casamento onde vai encontrar o seu ex, não tome remédios calmantes. E muito menos os misture com bebidas. Mas, como o emu ex é uma pessoa bem amigável e eu não bebo, acho que esse conselho fica de banco de dados para eu poder oferecer a algumas amigas. 

PS: Vou ficar sem aparecer por aqui até o início da semana que vem, peeps. Estou indo para um congresso na minha igreja e vou passar o feriado todinho por lá. Estou ansiosa por voltar a dançar <3 segunda feira conto mais! 

Black Friday vem aí, olê, olê, olá




Eis que está se aproximando o dia mais feliz da vida das pessoas que amam gastar grana pela internet: a Black Friday. Ano passado, eu estava meio sem grana e, pra não cair na tentação, nem entrei na internet na sexta feira fatídica. Esse ano, eu também estou desempregada (chora), maaaaas meu pai é uma pessoa maravilhosa e disse que eu podia comprar uma quantia certa de livros para ganhar de presente de natal. Como não sou boba, estou, lindamente, esperando pelo dia 28 de novembro pra poder torrar meu dinheirinho em mais livros, mais baratos. 

O que não impediu em nada que eu fosse a algumas Saraivas (meu lugar preferido da história) pra fazer umas pesquisas anteriores e decidir alguns títulos certos para procurar na madrugada do dia 27 para o dia 28 (não quero correr riscos com estoques acabando e afins). Resolvi postar por aqui porque quero saber se alguém tem mais opiniões pra me dar e pra, depois, quando meus queridinhos chegarem na minha casa, poder comparar, efetivamente, o que tinha na lista e o que foi comprado. 


  1. Belo Casamento, Jamie McGuire
  2. Bela Distração, Jamie McGuire (ou Beautiful Oblivion)
  3. Simplesmente Acontece, Cecelia Ahern
  4. Sempre Foi Você, Elks Carrie
  5. Easy, Tammara Webber
  6. Breakable, Tammara Webber
  7. As Batidas Perdidas do Coração, Bianca Briones
  8. Álbum de Casamento, Nora Roberts
  9. Mar de Rosas, Nora Roberts
  10. Bem Casados, Nora Roberts
  11. Felizes Para Sempre, Nora Roberts
  12. Ser Feliz é Assim, Jennifer E. Smith
  13. The 100, Kass Morgan
  14. Legend, Marie Lu
  15. Prodigy, Marie Lu
  16. Champion, Marie Lu
  17. Prova de Fogo, James Dashner
  18. Where She Went, Gayle Forman
  19. A Verdade Sobre Nós, Amanda Grace
  20. Essa Garota, Colleen Hoover

Não necessariamente organizados em ordem, dessa lista de 20 livros vai sair a minha felicidade natalina e eu tenho certeza que vou sofrer para cortar alguns na hora das compras. Mas não sem prometer a eles que os compro depois. Mesmo assim, aceito sugestões de títulos novos que podem fazer a diferença na minha estante (cof, cof)

Resenha: The Sea of Tranquility, Katja Millay


The Sea of Tranquility
Katja Millay
Atria Books
 ♥♥♥♥♥ ♥

"Good morning, Sunshine (...) What? Sunshine fits you. It’s bright and warm and happy. Just. Like. You."

Um livro para derrubar todos os forninhos existentes na sua vida. Me perguntaram o que eu tinha achado de The Sea of Tranquility (O Mar da Tranquilidade, em português) e foi basicamente assim que eu respondi. Sabe aquela história que te prende, com personagens absurdamente bem construídos a ponto de você gostar até de quem não é tão agradável? Pois é. E Josh Bennett, meu Deus do céu, foi para um dos lugares mais altos da minha lista de namorados literários. Com certeza.

Nastya Kashnikov é uma jovem que acabou de se mudar para a casa da tia, Margot, em outra cidade, para tentar recomeçar a vida depois de um trauma. Como consequência desse trauma, ela tem uma mão que teve que ser reconstruída, a impossibilidade de tocar piano pelo resto dos seus dias, cicatrizes pelo corpo todo e um diferencial: Nastya não fala. A tragédia que marcou a sua adolescência foi tão grande que ela simplesmente perdeu a vontade de falar sobre isso ou qualquer outra coisa. Mas isso não quer dizer que ela não saiba se expressar. Suas roupas escuras, curtas e maquiagem carregada transmitem a imagem que ela quer ter. Que não necessariamente é a verdade. 

“I hate my left hand. I hate to look at it. I hate it when it stutters and trembles and reminds me that my identity is gone. But I look at it anyway, because it also reminds me that I’m going to find the boy who took everything from me. I’m going to kill the boy who killed me, and when I kill him, I’m going to do it with my left hand”

Josh Bennett perdeu todas as pessoas importantes da sua vida e, por isso, também construiu uma barreira em volta de si mesmo. Enquanto Nastya não fala com ninguém, Josh só fala o estritamente necessário e para determinadas pessoas. Na escola, ele constrói um campo de força intransponível em volta de si mesmo. Mesmo assim, esse campo de força não é suficiente para afastar a menina russa de roupas curtas e maquiagem pesada. Os passados trágicos deles dois atraem um ao outro e sem perceber, a relação deles vai ficando mais forte a cada dia. 

“I wonder what it will take for her to pick uo on the fact that she lives in the same world as everybody else, and in that world, people leave me the fuck alone”

O mérito dessa ligação é, em partes, dado a Drew Leighton, o melhor amigo de Josh e completamente oposto a ele. Drew é lindo, rico, popular e só pensa em meninas. Quando Nastya aparece, ele se interessa no mesmo instante. O que ele não sabia é que menina ia fazer com que ele amadurecesse e enxergasse muitas coisas até então ignoradas em seu mundinho de festas e garotas. E, devo admitir: ele se tornou um dos meus personagens preferidos, pelo desenvolvimento e pela forma como ele carrega todos os acontecimentos dramáticos da história. Amo os coadjuvantes que fazem um livro valer a pena.

A relação de Nastya e Josh é, definitivamente, uma das mais bonitas que eu já li. Não apenas por ser bem construída em relação à disposição dos fatos e em como tudo acontece, mas por ser apaixonante mesmo quando não devia. Eles dois são o encaixe um do outro num mundo onde acharam que nunca mais se encaixariam em lugar algum e isso pode soar cliché, mas é verdade. E digo mais: Nastya e Josh chegaram ao patamar antes alcançado apenas por Will e Lake, de Slammed, da Collen Hoover (que por sinal é minha autora preferida) na minha lista de casais literários preferidos. E isso não é pouca coisa. 

“What did you call her?" she asks but I don't think it's her real question.
"Sunshine," I say, and she smiles like she believes it's perfect and she may be the only person other than me who would think so.
"What is she to you?" she whispers. The real question and I know the answer even if I don't know how to say it.
Drew's muffled voice rises up from the floor before I can respond.
"Family," he says.
And he's right.”

A narração da história é dividida entre Nastya e Josh e se eu já amava essa divisão de pontos de vista, fiquei mais apaixonada ainda agora. Katja fez essa divisão absurdamente bem e era possível se identificar com os sentimentos dos dois personagens. Talvez tenha sido por isso que eu me envolvi tanto com a história e sofri junto com eles o tempo inteiro. E está pra nascer sensação melhor do que essa para pessoas que gostam de ler, certo? Também é muito interessante a forma como ela conta sobre o passado de Nastya ao longo da história atual. A brincadeira entre o passado das lembranças dela e o tempo presente aumentou o dinamismo da divisão de vozes e fez com que eu não quisesse desgrudar do livro nem por um segundo.

O fato é: você PRECISA ler esse livro pra ontem; Se gosta de new adults, vai amar. Se não conhece o gênero, POR FAVOR, o que você está esperando para mergulhar nessa maravilha de vida literária? The Sea of Tranquility é ótimo para o começo porque apresenta todos os elementos dos new adults (drama, sexo, palavrões, traumas e etc) em um equilíbrio perfeito. Sério. Então, vamos aproveitar a Black Friday no final desse mês e comprar, combinados? Ele já foi publicado no Brasil como O Mar da Tranquilidade, então quem não consegue ou não gosta de ler em inglês não tem desculpa! Vale a pena, amigos :)


“(...) but Josh is my escape. He’s my hiding place”

Filmes de menininha pra vida!

Antes de começar, devo frisar que espero que esse post seja encarado com naturalidade e sem julgamentos à blogueira que vos fala. Depois de ler Um Amor de Cinema, a parte de mim que é viciada em filmes de menininhas se ativou novamente e foi só por falta de tempo que eu não fiz uma maratona de filmes com pipoca pra assistir. Maaas como a vida é bela, Deus é fiel e eu já estou preparando a lista de coisas para fazer nas férias (que chegam no final do mês, graças aos céus), entre as séries que pretendo atualizar e os livros que pretendo ler, fiz uma listinha de filmes para re-assistir. E aqui estão eles, pra ver se algum de vocês se empolga e assiste comigo.

1 - Ela Dança, Eu Danço (Step Up) 


O único problema desse filme para mim é, com certeza, a tradução malfadada que fizeram para o português. Channing Tatum, Jenna Dewan, coreografias lindas e... romance de menininha! Perdi as contas de quantas vezes fiquei na frente da TV imitando a Nora e tentando dançar que nem ela. E a apresentação final? Demais pro coração de uma ex dançarina que está quase voltando pra paixão da vida (e não vê a hora de calçar as sapatilhas novamente). Adicional de fofura: Channing e Jenna começaram a namorar na época que gravaram o filme e se casaram dois anos depois. Estão juntinhos até hoje e já são até papais. Agora, Jenna assina como Jenna Dewan-Tatum. E isso é amor <3

2 - O Diabo Veste Prada (The Devil Wears Prada)


Meryl Streep e Anne Hathaway já seriam motivos suficientes para assistir qualquer filme. Juntando essas duas divas, ganhadoras do Oscar, maravilhosas, com a cidade de Nova York, roupas e sapatos incríveis, eu fico babando na frente da TV toda vez que passa (isso porque tenho o DVD). 

3 - Os Delírios de Consumo de Becky Bloom (Confessions of a Shopaholic)


Becky é uma jornalista viciada em gastar dinheiro com roupas, sapatos e maquiagem. Me identifico demais e acho que é por isso que gosto tanto dele. E juro que isso não tem nada a ver com o fato do Hugh Dancy ser o editor maravilhoso que acaba com a Isla Fischer (linda!) no final. Eu nem tenho aquela vontadezinha pequena de ganhar uma echarpe verde quando me formar na faculdade. Imagina.

4 - Noivas em Guerra (Bride Wars)


Olha a Anna Hathaway aqui de novo (nothing hurts porque ela é diva mor). É óbvio que um filme de casamento não podia ficar fora da minha listinha estrogênica de cinema. E esse filme é daqueles top dos tops, porque a Kate Hudson também é maravilhosa e me ensinou que "você não ajusta um Vera Wang para caber em você. Você se ajusta para caber no Vera Wang".

5 - Programa de Proteção para Princesas (Princess Protection Program)


Eu fui uma criança (e adolescente) Disney Channel total e um filme deles nunca fica fora das minhas sessões de relaxamento. Gosto muito de Demi e Selena até hoje (não aceito julgamentos, bjs) e lembro que esse filme foi o ápice da minha vida de fangirl: Princesas, coroas, Demi, Selena, bailes, vestidos bonitos e uma música gravada por elas duas. Não precisava de mais nada! 

E vocês? Que filmes vocês assistem quando querem se desligar do mundo? 

Resenha: Um Herói Para Ela, Lu Piras


Um Herói Para Ela
Lu Piras
Novo Conceito
Skoob
♥♥♥

Na última semana, me aventurei pelos escritos de mais uma autora brasileira e, cada vez mais, tenho gostado de ver como a nossa literatura tem crescido e se desenvolvido. Lembro que eu criei o hábito de ler depois de um rodízio que fiz com as migas da escola de Fazendo Meu Filme 1, da Paula Pimenta, há uns seis anos. E de lá pra cá, a quantidade de nomes da nossa terra nas estantes das livrarias cresceu muito. Isso é ótimo por vários motivos, mas eu vou citar só dois: Diminui o nosso preconceito com as coisas que saem daqui e dá esperança para as pessoas que, como eu, um dia, também querem estar nas estantes (da livrarias e das casas).

A escolha da vez foi a Lu Piras, e a história, é de ficar juntinho com qualquer filme hollywoodiano de romance e ação, porque sim. Bianca Villaverde é uma advogada de 23 anos que tem um emprego nada agradável e ainda acredita que um dia vai encontrar seu príncipe encantado. Enquanto não encontra, ela vai tentando com vários sapos. Mas o problema é que eles nunca se transformam em príncipes. A cada namorado, uma decepção e um pouco mais de insegurança para Bia.

Apesar de ser advogada, a grande paixão da vida de Bianca é o cinema. Mais especificamente, a parte de roteiros. Quando Helena, sua mãe, aparece com a ideia de inscrever algum dos roteiros dela para a New York Film Academy, Bia não achava que ia passar, de forma alguma. Mas, algumas semanas depois, ela estava de malas prontas para um curso de dois meses na NYFA, na cidade que nunca dorme, no que era o passo mais arriscado que ela já deu em toda sua vida.

Ao tentar se acostumar com a cidade, por duas vezes, Bianca se meteu em confusões sem querer e foi salva por um cara misterioso, com uma tatuagem de medusa no braço. Enquanto tentava descobrir quem ele era, Bia se pegou pensando constantemente no garçom de um restaurante que ficava próximo de sua casa. Afinal de contas, quem consegue esquecer com facilidade de um italiano como Salvatore, que te chama de signorina com todo aquele sotaque e aqueles olhos. Além deles dois, Bia ainda se vê envolvida com o vocalista de uma banda de mascarados e com Paul, seu colega da NYFA, que tem tudo para preencher o papel do príncipe na história de qualquer filme – e está bem apaixonado por ela.

"Bianca pensou em seu romance favorito e se ouviu lendo, tempos atrás: "Esta cara fantasmagórica não me inspira qualquer temor agora. É na tua alma que s verdadeira distorção reside.
Quem era Salvatore, afinal? Mocinho ou bandido?"

A parte em que todo esse mistério em relação ao cara mascarado e ao cara que vive salvando Bianca pelas ruas de Nova York, é, sem dúvidas, o pedaço mais intrigante do livro todo. Só achei que ele podia ser um pouquinho maior. Quando eu comecei a supor a solução dos mistérios todos, Lu me deu a resposta (e eu estava certa, YAY). Talvez por ser rico em conteúdo (muita coisa acontece nesse livro, vocês não tem noção), a história de Um Herói Para Ela seja um pouquinho corrida demais. Senti falta de profundidade e naturalidade. A narrativa, às vezes, parecia ser um pouco forçada. Sabe comercial de margarina? Pois é. 

Outra coisa que me incomodou um pouco foi a imaturidade de Bianca. Quando você pensa numa pessoa de 23 anos, formada na faculdade de Direito, que vai para os Estados Unidos correr atrás de um sonho, espera, ao menos, que ela tome atitudes um pouco mais maduras que as de Bia. A imaginei como uma adulta e ganhei uma menina que parecia ter acabado de sair do ensino médio de presente.

Apesar disso, o livro vale a pena pela história. Eu realmente não consegui desgrudar os olhos dele no início, queria muito descobrir as confusões todas e desatar os nós que Bianca e Salvatore deram na minha cabeça.


PS: Salvatore é muito amor. De verdade. Quero ele pra mim. Tipo, agora. 

"- Eu não preciso tirar sua máscara para saber quem você é.
- Mas eu quero que tire. - ele impôs"