TAG: Séries de TV


Já estou há um tempinho querendo escrever sobre séries de TV aqui pro blog, principalmente porque nós estamos na época de ouro do ano de todo seriador: a Fall Season, que é quando as séries principais dos canais americanos estreiam temporadas novas e também é quando as séries novas, aquelas que a gente passa meses ouvindo falar sobre e surta a cada foto divulgada, são colocadas no ar e começam a fazer parte das nossas vidas.

A lista de séries que eu acompanho é, como tudo na minha vida, exagerada. Tenho muitos livros, muita maquiagem e muitas séries, é claro. Já desisti de muitas, já assisti séries canceladas e terminadas, já deixei outras pra fazer uma super maratona, mas não abro mão de ter pelo menos umas dez na listinha do Banco de Séries (melhor amigo da minha vida de seriadora). Fiquei super feliz quando encontrei essa tag sobre séries de TV. Ela foi criada pela Nine, do Estante de Nine. Mas hoje, quem também fez um post sobre as séries e me lembrou disso, foi a Júlia, do Desculpada. Então eu juntei um pouquinho de cada tag da Nine e da Júlia, e fiz o meu :). E eu vou responder em texto mesmo, porque o projeto do vlog (ainda) não saiu do papel.

Então, vamos aos trabalhos:

1 - Sua série favorita de todos os tempos: The OC





Por ter sido a primeira série que eu assisti (ainda aos domingos, dublada e no SBT com a minha mãe). Ryan Atwoood foi o primeiro cara fictício por que eu me apaixonei. Seth Cohen foi o segundo. Isso é marcante na vida de uma menina. Principalmente quando você tem menos de dez anos. Depois que cresce e descobre que The OC foi uma das melhores séries da época, se apaixona mais ainda.

PS: Semana passada estreou Gotham, série nova do lindo do Ben McKenzie. Mais uma pra listinha <3




2 - Seu personagem preferido de todos os tempos: Styles Stilinski, Teen Wolf




Meu amor por Dylan O'Brien começou muito, muito antes de Maze Runner, meu povo. O primeiro trabalho dele que assisti foi Teen Wolf e, confesso, ele e Styles foram maior parte das razões pra eu ter continuado assistindo a série antes de eles pegarem o ritmo da história.


3 - Sua série favorita dos últimos tempos: Arrow




"My name is Oliver Queen. After five years on a hellish island, I've come home with only one goal: to save my city. But to do so, I can't be the killer I once was. To honor my friend's memory, I must be someone else. I must be something else". É isso o que acontece quando você atrasa uma série como Arrow e depois decide tirar o atraso e assistir a última temporada quase inteira em pouco tempo. Você grava o discurso de início do personagem principal. E não enjoa nem um pouquinho dele. Oliver Queen tinha tudo pra ser só mais um rosto por baixo da máscara de herói, mas conseguiu se manter firme no mundo das séries. Claro, que os personagens secundários também merecem destaque (Felicity Smoak, eu te amo). Mas eu confesso que sinto falta do "You have failed this city!' da season 1, haha. É a minha atual preferida porque é a "série em maratona" do momento.







4 - Um personagem com quem você tem algo em comum: Rory Gilmore, Gilmore Girls






Acho que essa foto é quase auto explicativa, né? Gilmore Girls é mais uma das séries que eu assistia com a minha mãe nos domingos de manhã (E QUE VAI CHEGAR NO NETFLIX EM BREVE, WEEEEE) e a Rory é mais viciada em livros do que eu, confesso, mas a obsessão por cheirar um livro assim que você pega ele... Isso nós duas temos igualzinho <3








5 - Uma série que todo mundo gostou ou gosta e você não: Once Upon a Time









Pois é, galeris. Eu tentei. Juro que tentei. Mas não sei se foi a preguiça de assistir duas temporadas de uma vez ou se foi a série que não me cativou mesmo, só não consegui acompanhar. Não rolou. Next question! 








6 - Uma série em que você viciou: Reign





Então um nunca achei que gostaria tanto de uma série "histórica". Sim, apesar de não ser completamente fiel aos fatos reais (o triângulo amoroso que o diga), Reign tem base na história de Mary, a Rainha da Escócia e de Francis, Rei da França, que se casaram lá pelas bandas dos anos 1550. Não vou me aprofundar na história porque eu realmente nunca gostei da disciplina, mas a série, ah, a série... Como todo drama da CW, tem um elenco lindo do início ao fim. Reign ainda tem plots que sempre vão se renovando, sem deixar a série ficar cansativa. É amor demais, e ainda tema  cereja do bolo: sotaque britânico em todos os personagens. Não quero mais nada da vida <3








7 - Um protagonista que você não gosta, mas curte a série: Elena Gilbert, The Vampire Diaries





Olha, se perdi as contas de quantas vezes eu gritei pra tela do computador ou da TV assistindo The Vampire Diaries pedindo, por favor, que matassem a Elena. Muito drama teria sido evitado na vida de todo mundo em Mystic Falls. De verdade. Eu estou propositalmente atrasada na série porque cansei e a Elena é uma dos motivos principais por isso. Quando ela terminar, eu assisto tudo de uma vez. Não tenho mais estruturas pro morre-não-morre desse povo.  








8 - Uma série que nunca assisti: The Originals

 





Realmente, não sei porque eu ainda não assisti The Originals, já que a saída deles de The Vampire Diaries, foi, pra mim, um dos maiores motivos pela caída de qualidade na série. Já ouvi uns spoilers que me deixaram com mais vontade ainda de assistir, então só me falta um tempinho de sobra pra fazer a maratona <3 










9 - Sinto saudade de: Star-Crossed

 


Eu e as séries que sempre acabam sendo canceladas, mesmo que eu ame muito. Foi assim com The Secret Circle e The Nine Lives of Chloe King, mas a desilusão mais recente foi com Star-Crossed. Eu amava o clima "Romeu e Julieta moderno" da série, mas, pelo visto os americanos não e ela não deu audiência.

Curiosidade: Star-Crossed, The Secret Circle e The Nine Lives of Chloe King tinham, as três, o Grey Damon no elenco. E essas não foram as únicas séries do moço a serem canceladas. Pé frio do menino, não?





10 - Uma série nova que vou assistir: The Flash

 






Grant Gustin, um super herói e um spin off de Arrow com possíveis crossovers. The Flash não precisava de mais nada pra me fazer feliz e me deixar super ansiosa pra assistir. O primeiro episódio estreou semana passada e eu não vejo a hora de conseguir dar uma olhada em como ficou. Prevejo um novo vício se formando <3








No fim desse post, fica a pergunta: onde foi parar o meu tempo pra assistir todas essas séries?

Filme: Maze Runner: Correr ou Morrer



Maze Runner: Correr ou Morrer/The Maze Runner
Dylan O'Brien, Kaya Scodelario, Thomas Brodie-Sangster, Will Poulter, Ki Hong Lee
Wes Ball
20th Century Fox Film
Trailer


Eu achei que demoraria mais para conseguir ir ao cinema e assistir Maze Runner, e justo quando a  ansiedade estava chegando a níveis alarmantes (no dia seguinte à estreia porque eu sou dessas), consegui um gap (ou impus um gap na minha vida) e acabei no cinema de um shopping que ficava há muitos quilômetros da minha casa. Mas é a vida, fazer o que. Garanto que se eu tivesse a disposição do Thomas, personagem do lindo, divo, forever Styles Dylan O'Brien, eu teria furado o engarrafamento de três horas que peguei na volta para o meu lar depois do filme. Mas eu sou jornalista e não corredora. E nem fui parar nessa Clareira. Graças aos céus.

Thomas (Dylan O'Brien) é um jovem de 16 anos que um dia, acorda na Caixa, uma espécie de elevador, que o leva a uma Clareira no meio do nada. Lá, ele encontra um grupo de meninos que vive no lugar há três anos. Nesse tempo, eles aprimoraram as divisões hierárquicas, se organizaram em funções e vivem tranquilamente, recebendo os suprimentos da Caixa e dando as boas vindas a um novo Clareano mensalmente. Eles não se lembram de nenhum fato da vida deles antes de estarem na Clareira e não conseguem sair de lá de forma alguma.


A Clareira é circundada por um Labirinto que, durante a noite, fica infestado de Verdugos, uma  junção entre animal e máquina. Eles são, basicamente, a única ameaça que os rapazes encontram na por lá. Durante o dia, os muros que separam a Clareira do Labirinto ficam abertos e um grupo de Clareanos, os corredores, vai explorar as paredes sem fim do local em busca de uma saída. À noite, quando os muros se fecham, eles ficam seguros dos Verdugos na Clareira. Ninguém nunca sobreviveu a uma noite no Labirinto.

As coisas começam a mudar quando Thomas chega na Clareira, mas a confirmação de que ele é diferente vem junto com Teresa (Kaya Scodelario), a única menina a ser mandada para o lugar que reconhece Thomas no momento em que coloca os olhos nele. Teresa também traz consigo um bilhete dos Criadores: ela é a última jovem a ser enviada para a Clareira.

Além de Thomas e Teresa, Newt (Thomas Brodie-Sangster), Minho (Ki Hong Lee), Alby (Aml Ameen), Chuck (Blake Cooper), Gally (Will Poulter|) e Caçarola (Dexter Darden) formam o "time principal" de meninos da Clareira e acho que foram papéis bem desempenhados. Apaixonei por esses coadjuvantes, gente!

Preciso dizer que estou apaixonada pela fotografia desse filme antes de falar do tópico que todo mundo discute: A fidelidade ao livro. Sei que o filme é uma adaptação, mas não há como não comparar os dois e, nesse caso, é melhor que eles sejam analisados separadamente. O filme teve muitas mudanças sim, inclusive eu senti falta de algumas coisas que queria muito ver na tela, mas, por si só, é muito bom. As mudanças não atrapalharam o andamento da história e no fim das contas, o resultado foi o mesmo. Na minha opinião, as adaptações tendem a ser mais fiéis quando o livro é menor, e Correr ou Morrer é um livro bem grande e cheio de detalhes, tinha que ter diferenças. Pra quem leu e ainda não assistiu o filme, aconselho a não ir com expectativas muito altas em relação à fidelidade da adaptação. Mas bom, o filme é sim. E eu já consigo me ver comprando ingresso antecipado pros próximos filmes porque sou dessas.

Rachel, Monica, Phoebe, Ross, Chandler e Joey fazem 20!

"So no one told your life was gonna be this wayyyy, *clap, clap, clap, clap*" Hoje fazem vinte anos da primeira vez que essa música tocou na TV americana. Na época, ninguém sabia que ela ia se repetir semanalmente nas TVs por dez anos e que ia continuar fazendo sucesso, mesmo tanto tempo depois da sua estreia. E quem diria que eu, que tenho 20 anos e era só um bebê recém nascido em 22 de novembro de 1994 ia gostar e teria aprendido tanto com o programa que tem essa música como tema de abertura. Pois é, gente. Hoje a estreia de Friends faz 20 aninhos e são tantos feelings dentro do meu coração que tá até difícil de escrever.

Pra comemorar, eu tentei selecionar rapidinho meus momentos favoritos nas dez temporadas de Friends. Ou pelo menos os momentos que eu lembro, porque né, foram 236 episódios e a minha memória não é tão boa assim. E sem ordem de preferência, porque, é claro, isso é impossível.

1 - Unagi

2 - "If we were in prison, you'd be like my bitches"

PHOEBE SOBERANA! 

 3 - O pedido de casamento do Chandler (ou da Monica, como preferir)

 Chorei muito, produção. 

4- O vestido de noiva da Monica! 

E com essa foto, quero ressaltar que eu serei a personificação da Monica quando ficar noiva (e quando planejar os casamentos das minhas amigas) porque essencialmente, eu sou a Monica. 

5 -  A fala mais repetida por Ross em toda a série

6 - Os segredos escondidos <3 


7 - Quando comeram o sanduíche do Ross


8 - JOEY DOES'NT SHARE FOOD!
 
Nem eu, Joey. Nem eu. 

9 - The Routine

Porque Monica e Ross são os melhores irmãos da vida. 

10 - A música que acalma a Emma 


11 - Quando lagostas viraram os animais mais lindos da vida


12 - Quando a Rachel saiu do avião


13 - Quando a Rachel conheceu a vida real e tudo começou

 15 - How You Doin'?

 16 - Quando Chandler convenceu Erica a entregar seus bebês a ele e Monica

Porque eles seriam os melhores pais do mundo <3 

17 - O CHEESECAKE!

18 - Ross sendo ameaçador

19 - Todas as piadas do Chandler e quando ele não podia fazer piadas

20 - A vontade de ter amizades como essas


E eu, oficialmente, preciso de uma maratona de Friends. Me conta seus momentos preferidos também! amos trocar figurinhas sobre eles <3

Resenha: Paixão Sem Limites, Abbi Glines - Sem Limites #1


Paixão Sem Limites/Fallen Too Far
Abbi Glines
Arqueiro
♥♥♥♥

Mergulhando mais fundo no mundo dos new adults, decidi dar uma chance a Paixão Sem Limites, livro que já estava morando na minha estante desde maio, implorando para ser lido. Num primeiro momento de euforia pós final chocante, eu até achei que Blaire e Rush entrariam para a minha não tão curta lista de casais preferidos, mas depois de uma reflexão maior, deu para perceber que não é bem assim que as coisas vão ficar. Mesmo assim, a história não é ruim, não senhor.

Blaire Wynn é uma adolescente de 19 anos que, depois de perder a mãe para o câncer, precisa se mudar de cidade para morar com seu pai. Ao chegar em Rosemary Beach, na Flórida, novo endereço de Abe, Blaire descobre que ele está viajando com sua nova esposa e que o endereço que tinha é o da casa de Rush Finlay, o charmoso, absurdamente sexy, podre de rico, filho de roqueiro e cafajeste enteado de Abe. Sem ter lugar para ficar, ela acaba aceitando abrigo na casa de Rush por um mês, até conseguir um emprego e alugar um apartamento sozinha.

O emprego foi a parte fácil para Blaire. O problema maior era a convivência com Rush. A cada dia ela se sentia mais atraída por ele e ele parecia corresponder o desejo, mas a rotatividade de mulheres passando a noite dizia o contrário. Quanto mais ele se aproxima, mais diz que não pode se aproximar. Como era esperado, eles não conseguem resistir e acabam ficando juntos. Por mais que todas as circunstâncias façam força para o contrário.

"- Tem outra arma nessa bolsa aí? Devo avisar a todo mundo para não te irritar? 
- Você abriu a minha porta sem bater. Fiquei com medo.
- E a sua reação instantânea quando sente medo é apontar uma arma?Caramba, menina, de onde você é? A maioria das garotas que eu conheço daria um gritinho ou coisa assim.

A maioria das meninas que ele conhecia não fora obrigada a se proteger nos últimos três anos. Precisei cuidar da minha mãe, mas não tinha ninguém para cuidar de mim."

Por ter sido a única pessoa a cuidar da mãe por três anos, Blaire amadureceu muito rápido. Antes disso, ela também tinha perdido a irmã gêmea e viu seu pai abandonar a ela e a sua mãe logo depois disso. Essa maturidade é bem marcada na trama, tanto que é bem difícil lembrar que ela só tem 19 anos e me fez gostar bastante dela. Enquanto isso, Rush foi o primeiro bad boy da história dos new adults que não me encantou e me fez suspirar. Talvez ele tenha sido um pouco grosseiro em algumas partes e tenha me feito desencantar.

Nannette, a irmã mais nova de Rush, é daquelas personagens secundárias que a gente odeia mesmo que só apareça menos de cinco vezes. Aparentemente sem razão, ela não gosta nem um pouco de Blaire. O problema nisso é: Rush sempre fez tudo por Nan e fica dividido entre ela e Blaire num primeiro momento.

"- Você deveria ter procurado mais, Blaire. Teria sido mais inteligente. Rush não é uma boa ideia... porque sempre haverá Nan"

Woods é o amigo fura olho de Rush que se interessa por Blaire logo no início do livro, mas que, na minha opinião, desiste muito fácil. Senti falta do triângulo amoroso cliché, talvez por ter ido com a cara do Woods ou até mesmo porque o drama comum dos new adults não foi tão profundo em Paixão Sem Limites. Não sei se estou acostumada demais com os livros avassaladores da Colleen Hoover, mas senti falta de algo que se equiparasse às inúmeras passagens sexuais da história.

Não me entenda mal: Paixão Sem Limites é um bom livro. Ótima distração e perfeito para entretenimento rápido (li mais da metade de uma vez só). Abbi sabe levar a narrativa de um jeito que você não tem vontade de parar e me surpreendeu muito com a reviravolta final (Nannette, sua bitch!), realmente não esperava o que aconteceu e isso me deixou absurdamente curiosa para continuar a série.  Eu só fui com muita sede ao pote. Minhas expectativas eram muito altas (Colleen Hoover e Jamie McGuire me deixaram mal acostumada) e eu acabei me frustrando um pouquinho. Mas ainda assim, é um livro que eu já indiquei e vou continuar indicando pra quem curte o gênero como eu.

PS: Woods, Grant (outro irmão de Rush) e Bethy (amiga de Blaire) ganharam livros na série Rosemary Beach, que também começa com Paixão Sem Limites. Minha pergunta é: CADÊ a série toda publicada no Brasil, Arqueiro? To querendo muito, haha

"Eu havia ultrapassado o limite. Estava apaixonada por Rush Finlay"

. 5 a.m.


POV ASHLEY

- Mike... são cinco da manhã. Tenha dó!
- É o melhor horário pra fotografar, Ashley! - Ele disse, empolgado demais para o horário. Abri os olhos contra a minha vontade. 
- É o melhor horário pra dormir, Mike. 
- Depois que você ver as fotos, eu juro que vai mudar de ideia. - Mike tinha acabado de levantar e estava procurando roupas quentes em sua mala. Eu sabia que não devia ter me apaixonado por um fotógrafo.
- Você quer muito mesmo a minha companhia? - Ele deitou ao meu lado novamente antes de responder.
- Se fosse pra ficar sem a sua companhia, eu viajaria sozinho, querida. - Me deu um beijo na testa. - Agora levanta, vamos perder a luz.
- Vai ter luz até o sol se por, Michael...
- Mas a luz é diferente, principalmente em dias de neve... Você sabe disso. - Respirei fundo. Se não levantasse logo, ele ia ficar tentando me convencer a isso e eu perderia o sono. Ou pior: poderia deixá-lo chateado. E isso nunca é opção.
- Você vai me dar um chocolate quente? - Perguntei depois de sentar na cama.
- Vou fazer melhor que isso. - Ele sorriu.
- Como? - Mike parou para pensar, como se tivesse ficado surpreso com a minha pergunta.
- Vou te dar um chocolate quente grande. - Sorri.
- É justamente por isso que eu te amo, Michael.
- Tenho a impressão que não vai me amar tanto quando olhar o relógio. - Olhei para o despertador da mesa de cabeceira do hotel automaticamente.
- AINDA SÃO 4:15 DA MANHÃ, MIKE! Você disse que eram cinco!
- Eu disse que queria sair às cinco. Te conheço bem demais e já sei que de manhã, você não leva menos que quarenta minutos para se arrumar. O timing é perfeito.
- Agora você me deve um chocolate quente grande e um croissant de chocolate também.
- Oui, mademoiselle. Nós estamos em Paris. Isso é fácil de conseguir,
- Nós estamos em Paris. Obrigada por me lembrar disso.
- Melhorou o humor?
- Não muito, pra falar a verdade. Ainda estou sentido as 300 horas de viagem e a mudança do fuso horário nas minhas costas. - Disse, quando finalmente me levantei da cama. Ele deu um sorriso. - Que foi?
- Nada demais. Só acabei de perceber que essa é a primeira vez em quatro anos de relacionamento que você acorda tão cedo por minha causa sem estar com a cara emburrada de sono. - Mike me abraçou.
- Não se anime. Eu levantei cedo para aproveitar todos os minutos de Paris. Você não tem nada a ver com isso. - Menti.
- Vou fingir que acredito.
- Quanta presunção, Michael! - Ele me deu um beijo.
- Bonjour, Ash.
- Bonjour, baby.
- Vai se arrumar logo, antes que a sua preguiça se torne contagiosa.
- Eu bem que queria que ela fosse... A cama sempre é receptiva para corpos querendo descanso... - Tentei uma última vez.
- Não, Ash. Nós vamos sair. Não há forma de argumentar. - Ele sorriu.
- Okay, general! Me arrumo em dez minutos. Ou mais.
- Com certeza, mais.

POV MIKE

Ashley entrou no banho e eu fiz os últimos ajustes nas câmeras que levaríamos hoje. Peguei as lentes extras e assegurei que a caixinha ficasse no case da minha câmera.A verdade é que eu não tinha dormido nem um segundo durante a noite e tinha a impressão de que ela estava demorando demais no banheiro, apesar de ter entrado há cinco minutos.

Tudo dependia de hoje. Hoje era o dia que ia mudar nosso futuro pra sempre. Eu queria que tudo saísse perfeito, do jeitinho planejado e, pra isso, não podia apressar a Ashley. Ela odiava ser apressada. Me sentei na cama e fiquei vendo as fotos que tiramos no aeroporto ontem, antes de embarcar.

Nós parecíamos duas crianças indo para o parque de diversões. Entendi porque as pessoas passando por nós nos julgaram o tempo todo: aquelas eram as selfies mais divertidas que nós tínhamos tirado em quatro anos. Pelo visto, essa viagem ia quebrar muitos recordes de primeiras vezes para nós dois, já que também era nossa primeira vez em Paris e sonho de metade da vida da Ashley.

- Demorei? - Ela perguntou quando saiu do banheiro. Quase respirei aliviado.
- Quase nada. Vamos?
- Sim, sim. Só deixa eu pegar a minha câmera.
- Já separei para você. - Estendi o case dela e consegui um sorriso. Poderia viver para ter sorrisos assim diariamente.
- Merci mousieur.

POV ASHLEY

Achei estranha a animação exagerada do Mike quando nós saímos para fotografar. Tudo bem, era Paris, eram nossas férias planejadas por anos, mas ele parecia com mais vontade de sair do quarto do hotel por sair do que por ver a cidade. Contrastando comigo, que já tinha uma lista mental de todos os lugares que queria conhecer. 

- Meu cadeado está na bolsa - Falei, sabendo que ia ter que gastar bastante saliva para convencê-lo a ir onde eu queria.
- Oi? - Ele respondeu quando fomos ao encontro do ar gelado de fora do hotel. O dia nem havia clareado ainda.
-  Pra prender na Pont Des Arts. Com os nossos nomes. De repente assim você nunca vai cogitar a ideia de me largar. 
- Você comprou mesmo um cadeado? - Ele sorriu. 
- Sim. Foi uma das primeiras coisas que eu comprei para a viagem. 
- Tudo bem. A vista de lá também deve ser boa para fotografar. 
- Sério?
- Por que a surpresa? - Ele pareceu curioso.
- Nada... Só achei que precisaria de mais esforço para te convencer a ir lá no primeiro dia de viagem. 
- Hoje quem manda é você, querida. 
- Então vamos voltar para a cama! - Eu ri. 
- Isso não. 

Nós fomos tomar café da manhã (com direito ao meu croissant de chocolate) e, quando saímos, começamos a fotografar. Realmente, com as luzes do amanhecer, as fotos ficavam muito mais bonitas e com o talento do Mike, em menos de duas horas eu já tinha basicamente um book completo de fotos minhas. 

Larguei a minha câmera quando chegamos na ponte. Lá de cima, eu não sabia se me distraia mais com a vista pro Rio Sena ou com a quantidade de cadeados pendurados. Cada um, significando um casal, uma história de amor diferente. Minha mente de escritora começou a pipocar e eu sabia que aquela viagem ia me render inspirações maravilhosas, mesmo sendo só o primeiro dia. 

- Vai prender o cadeado que eu te fotografo. - Mike disse. 
- Okay. 

Antes de prender, ainda mostrei para sua câmera nossos nomes escritos no cadeado. Demorei um pouco para conseguir encontrar um lugar livre para colocá-lo. Consegui travar e, antes de jogar a chave no rio, me virei para que ele fizesse isso comigo. 

Então eu vi. E entendi o motivo de tanta agitação. Sem perder um clique, Mike estava ajoelhado. Segurava a câmera com uma mão e, na outra, tinha uma caixinha. Com um anel. Eu sabia que minha reação ia ficar registrada para sempre e, naquele momento, o amei mais ainda por isso. E por todo o resto.

- Vem jogar a chave no rio comigo. - Falei no impulso, sem tirar os olhos daquele anel.
- Só se você disser que casa comigo.- Eu sorri. E imaginei que aquele anel ia ficar lindo no meu dedo. E que o cadeado preso às margens do Rio Sena tinha trazido respostas com muita rapidez. 
- Caso sim. 

Resenha: Métrica, Colleen Hoover, Slammed #1


Métrica/Slammed
Colleen Hoover <3 
Galera Record
♥♥♥♥♥+♥

Já faz um tempinho que eu abri as portas do meu coração e da minha vida pra Colleen Hoover entrar e foi com esse livro que, de uma vez só, ela fincou a barraca e montou acampamento fixo por aqui. E pela minha lista de livros e personagens preferidos também, porque sim.

Layken Cohen é uma adolescente de 18 anos que, após a morte repentina do pai, tem que se mudar com sua mãe, Julia e seu irmão mais novo, Kel, do Texas para Michigan. Chegando lá, Lake e Kel conhecem Will e Caulder, seus vizinhos da frente. Will tem 21 anos e Caulder, tem sete. Ele e Kel viram melhores amigos imediatamente e isso faz com que Will e Lake se aproximem e se apaixonem quase instantaneamente.


“– Não me faça implorar – digo.
- Você já está implorando! – Ele para por uns instantes, depois afasta o braço dos meus ombros e se inclina para a frente. – Tá bom, tá bom. Mas vou logo avisando, foi você quem pediu. (...)
- Qual o nome do seu poema hoje, Will? – pergunta o apresentador.
- “Morte” – responde Will, olhando diretamente para mim”

Eles dois tinham literalmente tudo para dar certo. Até que no primeiro dia de aula de Lake, eles descobrem que a ligação entre eles não existe apenas por causa da vizinhança: Will é professor de sua escola e todos os sentimentos que eles deixaram florescer e mal puderam desenvolver, tiveram que ser ignorados e deixados de lado. Até aqui, é fácil pensar que essa é só mais uma história de amor adolescente bobinha em que o professor e a aluna se apaixonam, ele é demitido e eles podem ficar juntos depois disso. Mas Métrica não é assim. E Colleen Hoover não é tão boazinha quanto parece.

Uma revelação bombástica e uma série de acontecimentos dramáticos fazem com que Will e Lake fiquem próximos, por mais que tentem resistir um ao outro. Ele não pode arriscar o emprego e ela, não pode arriscar a graduação no ensino médio. E eu não posso falar mais nada porque realmente desejo que você, querido leitor, tenha a mesma surpresa que eu tive ao ler (já falei demais aí em cima).


Os poemas são bem presentes na história e todos eles dão os toques emocionais necessários aos momentos em que aparecem. Sejam os mais suaves ou os mais agressivos, todos são incrivelmente bem escritos e lindos, cada um a sua maneira. Mesmo assim, acredito que eles façam mais sentido em inglês, da forma como foram escritos e pensados do que em português. As rimas devem funcionar melhor assim. Na primeira oportunidade que tiver, pretendo ler Slammed e avaliar esse pedaço.

Métrica tem um ritmo ótimo e uma narração em primeira pessoa sob o ponto de vista de Lake bem fluida, super suave e fácil de acompanhar (eu o li em 14 horas – só porque precisei parar por algumas delas). Os personagens são bem construídos e desenvolvem bem seu papel dentro da trama. Layken não é a mocinha exageradamente confusa e cheia de complexos. Will (que acabou de se tornar meu último marido literário) é um dos personagens mais doces, sensíveis e fortes que eu já tive o prazer de ler. Kel é a criança fofa que nos faz acreditar na humanidade e dar boas risadas da inocência incomum nos dias de hoje. E Eddie... Eddie é a melhor amiga e, possivelmente, a parte mais cliché dessa história. Mas não é o clichê de uma forma ruim, pelo contrário, ela é incrível de um jeito que você não espera na primeira vez em que ela aparece.

Esse foi o primeiro livro de Colleen que eu li e, quando terminei, não via a hora de começar a ler outros. A forma como ela descreve as passagens da história me faz pensar que, se ela e Jamie McGuire, autora de Belo Desastre, se juntassem para colaborar num livro, as duas criariam um mocinho quase tão sedutor, romântico e irresistível quanto Darcy, de Jane Austen.

Recomendo Métrica para quem já é fã do gênero NA, o New Adult, e para quem ainda não conhece mas tem vontade de ser iniciado nesse meio, porque entre todos os que já li desse estilo, esse foi o mais suave em questões como sexo, drogas e bebida. A leitura vale a pena e te faz querer viver em Michigan, junto com eles. Eu ainda estou lutando comigo mesma para acreditar que Will e Lake são apenas personagens e que os slams (eventos de poesia do livro) não existem de verdade.


“Toda mulher deve ser capaz de responder três perguntas antes de se comprometer com um homem. Se disser “não” a qualquer uma das três, saia correndo. (...) Ele a trata com respeito o tempo inteiro? Essa é a primeira pergunta. A segunda é: se, daqui a vinte anos, ele fosse exatamente a mesma pessoa que é hoje, você ainda se casaria com ele? E, finalmente, ele faz com que você queira ser uma pessoa melhor? Se conseguir responder “sim” às três em relação a uma pessoa, então encontrou um homem decente”

TAG: Orkut Literário



Oi gente! Tudo bem por aí? O post de hoje é absurdamente revolucionário na minha vida de blogueira porque nunca fui de responder as tags em que me marcavam na época do outro blog, quem dirá, inventar uma tag nova, haha. Na versão antiga do Verão, eu cheguei a responder umas duas e só.

Um belo dia, eu estava refletindo sobre como vai ser a vida depois que o Orkut sair do ar no final desse mês. Não vai mudar muito, ok, ninguém lembra mais dele. Mas pra deixar registrado o saudosismo pelos anos passando horas diárias de comunidade, eu pensei nessa tag, a Orkut Literário. A ideia é classificar alguns personagens de acordo com o perfil do Orkut que eles teriam e depois, marcar os amiguinhos pra responderem também :)

Hoje a tag vai ser via texto mesmo porque eu ainda não consegui acertar minhas habilidades em edição/gravação de vídeos, mas o projeto está sendo estudado (e provavelmente vai estrear em novembro. Dou mais detalhes quando a data se aproximar, hihi).

1 - Um personagem 100% sexy: Travis Maddox, Desastre Iminente, Jamie McGuire

Não é só porque eu acabei de ler Desastre Iminente que Travis Maddox está dando o ar de sua graça por aqui. Na verdade, ele está nessa posição porque não há uma mulher nessa vida que leia a história de Travis e Abby e não concorde comigo. Tudo bem, ele pode ser meio obsessivo de vez em quando. E também um pouco explosivo. Mas não há como negar: O cara mudou os meus conceitos de sexy para sempre, desde quando li Belo Desastre. Ler a história através de seu ponto de vista em Desastre Iminente só me fez confirmar o que eu já sabia: Travis é um dos amores da minha vida.

2 - Um personagem 100% divertido: Guga, Azar o Seu!, Carol Sabar

Demorei um pouco a escolher o personagem divertido, até que lembrei de Guga. O cara passa, literalmente, o livro todo tendo que lidar com os pitis da Bia e nunca perde a piada. Nunca mesmo, nem quando deveria perdê-la. Esse livro foi um daqueles que me surpreendeu muito positivamente, não sabia que ia acabar gostando tanto dele quando comecei. E o Guga foi um dos motivos pra que isso acontecesse. 

3 - Um personagem  100% confiável: Maxon Schreave, A Escolha, Kiera Cass

Na verdade, Maxon é confiável em todos os livros da série, mas peguei A Escolha porque esse foi meu preferido até agora. America deu, diversas vezes, motivos para levar um pé na bunda de Maxon e ser mandada embora do castelo, mas ele deixou passar vários deslizes da cantora. Inclusive, se prejudicou por causa disso algumas vezes. Por isso e por ser o príncipe mais lindo e maravilhoso entre os que eu li recentemente, Maxon ganha o posto de 100% confiável <3

4 - Um personagem pra ser fã: William, O Inverno das Fadas, Carolina Munhóz

William é um escritor talentoso, com ou sem a ajuda e inspiração de Sophia. Só isso já seria o suficiente para que eu me tornasse fã dele na vida real. Mas ele ainda foi paciente, carinhoso e romântico com Sophia, a fada que teve no seu amor por William, a sua salvação. 

5 - Um personagem pra quem eu mandaria um depoimento fofo: Oliver, A Probabilidade Estatística do Amor à Primeira Vista, Jennifer E. Smith

Esse livro é um dos meus preferidos pra vida, de verdade. E o Oliver é daqueles personagens "impossível não se apaixonar", sabe? Diversas vezes, quis entrar no livro e dar uns abraços super apertados nele porque sim. O mundo seria melhor se todos os meninos fossem Olivers da vida <3 

6 - Um personagem pra bloquear: Alice, Bela Maldade, Rebecca James

Bloquearia a Alice por um motivo básico: A mulher é maluca. Louca, Doidinha de pedra. Obcecada, maníaca e... já disse maluca? Nunca senti tanta raiva de um personagem nessa vida como senti de Alice. Por tudo o que ela fez em vida e por tudo que a sua morte ocasionou. Ainda não estou totalmente recuperada. 

7 - Um personagem pra add sem scrap: Will, Pausa, Colleen Hoover

Porque Will é Will e ele foi o único personagem nessa vida que me fez ficar deprimida por realmente ser apenas um personagem. Quer dizer, em Métrica, me apaixonei por todas as pessoas e pela Collen Hoover. Pausa, que é a continuação e tem a história contada pelo ponto de vista de Will, só veio para confirmar e colocá-lo no topo dos meus personagens preferidos. Adicionaria ele na  minha vida sem scrap e sem culpa. 

8 - Um personagem que "mal conheço, mas já considero pakas": Thomas, Maze Runner - Correr ou Morrer, James Dashner

A primeira versão publicada desse post foi pro ar sem essa última característica. Depois que já tinha divulgado o link, a Marcelle, do grupo Blogueiros Literários do facebook atentou pro meu esquecimento desse CLÁSSICO do orkut e eu vim adicionar aqui. Obrigada, Marcelle! 
O cara que eu mal conheço, mas já considero, é o Thomas, protagonista da série Maze Runner  por motivos de: ainda não cheguei nem na metade do primeiro livro e por mais que não tenha curtido muito no início, to com um bom pressentimento em relação a ele <3 

Minhas marcadas vão ser a Iza, do Brincando de Escritora, a Júlia, do Desculpada e a Thaís, do Miss Thay <3

PS: eu dei uma pesquisada antes de postar e não achei nenhuma tag sobre o orkut, mas se alguém souber de uma que tenha vindo antes e eu tenha deixado passar, é só pedir pro dono da tag falar comigo e darei os créditos devidos :)

Resenha: Divergente, Veronica Roth - Divergente #1


Divergente/Divergent
Veronica Roth
Rocco Jovens Leitores

Sagas. Eu amo sagas. Sagas distópicas, então, nem se fala. Eu custei a começar a ler Divergente, mas assim que comecei, não consegui mais largar. Deixo claro desde já que essa história e Jogos Vorazes só tem uma coisa em comum: As duas são distopias. De resto, são completamente diferentes e maravilhosas no mesmo nível. E cara, se você ainda não ouviu falar em Divergente, não sabe o que está perdendo! 

“Há décadas, nossos antepassados perceberam que a culpa por um mundo em guerra não poderia ser atribuída à ideologia política, à crença religiosa, à raça ou ao nacionalismo. Eles concluíram, no entanto, que a culpa estava na personalidade humana, na inclinação humana para o mal, seja qual for a sua forma. Dividiram-se em facções que procurava erradicar essas qualidades que acreditavam ser responsáveis pela desordem no mundo. (...) Os que culpavam a agressividade formaram a Amizade. Os que culpavam a ignorância se tornaram a Erudição. Os que culpavam a duplicidade fundaram a Franqueza. Os que culpavam o egoísmo geraram a Abnegação. E os que culpavam a covardia se juntaram à Audácia.”

Abnegação, Audácia, Amizade, Franqueza e Erudição são as cinco facções que dividem a versão futurista de Chicago retratada por Veronica Roth. Quando completam 16 anos, os jovens são submetidos a um teste de aptidão para revelar se vão continuar na facção onde nasceram ou se seus instintos e pensamentos fazem com que ele se enquadre em outra. Logo depois do teste, eles comunicam o resultado aos outros membros da sociedade na Cerimônia de Escolha. Dali para frente, eles devem viver na facção escolhida. Se não se enquadrarem em nenhuma delas, eles viram sem-facção e passam a ter uma vida de miséria e pobreza nas ruas.

Beatrice Prior foi criada na Abnegação, mas nunca se sentiu completamente á vontade com as regras e princípios de sua facção. Ao fazer o teste de aptidão, algo sai errado: Ela é uma divergente. Basicamente, ao invés de se encaixar em somente uma facção, ela se encaixa em três. A sua supervisora de teste, Tori, não conta muito sobre o que isso significa para Beatrice, apenas diz que ninguém pode saber, pois ela corre perigo de vida. No dia da Cerimônia de Escolha, toma uma decisão que surpreende a todos, e passa da Abnegação para a Audácia. Em sua facção nova, Beatrice vira Tris e deve aprender a lutar para sobreviver à iniciação.

“Penso no lema que li no meu livro sobre a História das Facções: A facção antes do sangue. Mais do que às nossas famílias, pertencemos às nossas facções?”

Com um segredo que pode custar a sua vida, Tris demora a realmente confiar em alguém e fazer aliados. Isso a enfraquece, mas ela se destaca pela inteligência e pela coragem. Por ser fisicamente mais fraca, Tris se faz de durona para não servir de saco de pancada dos outros iniciandos, mas ela não é da Audácia. Ela é Divergente, é tão corajosa quanto altruísta e, no fundo, sente falta de casa e segura as lágrimas sempre que é colocada numa situação de pressão extrema.

A narração é em 1ª pessoa e quem conta a história é Tris, mas isso não faz com que os outros personagens sejam mal construídos. Will, Christina, Al, Tori, Peter e Quatro merecem destaque. Principalmente Quatro. Para falar a verdade, o livro podia ser todo sobre ele. Acho que, com isso, deixo clara a minha opção de personagem preferido, certo? Paixão é pouco para descrever o que eu senti pelo audacioso interesse amoroso de Tris. O desenvolvimento da história dele ao longo do livro é quase tão envolvente quanto a história da própria Tris, se não for mais.

Veronica fez um trabalho excelente com o tema que tinha nas mãos. A narrativa tem uns furos, mas nada que impeça o desenvolvimento da história. Ao contrário do que vi algumas pessoas comentando, achei que ela foi bem fluída e tranquila de acompanhar. Não foi à toa que devorei as exatas 500 páginas de história em três dias.


‘ - Todas as facções condicionam seus membros a pensar e agir de determinada maneira. E a maioria das pessoas faz exatamente isso. Para a maior parte das pessoas, não é difícil aprender, encontrar uma linha de pensamento que funcione e seguir por ela. Mas nossas mentes movem-se em dezenas de direções diferentes. Não podemos ficar confinados a uma única maneira de pensar, e isso apavora nossos líderes. Isso significa que não podemos ser controlados. E significa também que, não importa o que eles façam, nós sempre causaremos problemas para eles.


Sinto como se alguém tivesse enchido o meu pulmão com novos ares. Não sou da Abnegação. Não sou da Audácia.
Eu sou Divergente.
E não posso ser controlada.”

Resenha: If I Stay, Gayle Forman - If I Stay #1


If I Stay
Gayle Forman
Definitions

Em qual momento dos últimos anos os dramas adolescentes deixaram de ser aquelas coisinhas rasas e sem sentimento para virar... Isso? Desde A Culpa é das Estrelas, eu não tinha lido nada que mexesse tanto comigo dessa forma como foi com If I Stay. No caso, a emoção ainda foi dupla porque esse foi um dos primeiros livros em inglês que eu consegui terminar lendo bem, sem perder parte da história por não ter entendido.

Mia é o exemplo de pessoa que faz da vida algo que estava quase destinada a fazer. Seus pais são super apaixonados por música desde sempre e se conheceram, primeiramente, por causa disso. A única diferença é que eles são loucos por punk rock e ela é violoncelista, apaixonada por música clássica desde sempre. Seu namorado, Adam, também é músico e toca guitarra e canta em uma banda, a Shooting Star. Acho que se essa história tivesse uma trilha sonora, ela seria absurdamente maravilhosa.

"I'm not sure this is a world I belong anymore. I'm not sure that I want to wake up"

Num dia de folga provocado pela neve, os pais de Mia decidem visitar alguns amigos e é aí que se dá a primeira reviravolta da história. Eles sofrem um acidente de carro e seus pais morrem na hora. Mia e seu irmão mais novo, Teddy, são transferidos para hospitais diferentes. A partir daí, nós acompanhamos a história através dos olhos de uma Mia "não-física", expectadora de tudo o que está acontecendo com ela mesma e descobrimos sobre seu passado através de suas lembranças. Conhecemos seus complexos emocionais, suas crises e seus dias felizes enquanto ela pesa todos esses acontecimentos e descobre que a decisão de ir ou ficar só pode partir dela.

"It feels like some kind of cosmic coincidence. I concentrate on the notes, imagining myself playing, feeling great for this chance to practice, happy to be in a car with my sonata and my family. I close my eyes"

Acho que o que mais me encantou em If I Stay foi a intensidade e força das relações interpessoais da Mia. Com Adam, ela vive o tipo de amor puro que faz a gente suspirar só de olhar. Com seus pais, o amor é incondicional, sem reservas, receptivo. Com seu irmão, é a coisa mais linda do mundo. Com seus avós, é uma extensão do amor que tem pelos pais. Com Kim, sua melhor amiga, é indestrutível. Com os amigos de seus pais, Henry e Willow, com certeza, o amor é o familiar que não vai deixar ela ficar sozinha depois desse acidente.

Não há como negar, é uma história absurdamente emocionante. Me peguei numa montanha russa sentimental várias vezes enquanto lia: às vezes ria, às vezes chorava, às vezes me desesperava. E definitivamente quero ler Where She Went, a continuação, para saber o que acontece depois do final.

"Adam is mumbling something now, In a low voice. Over and over he is saying: please. Please. Please. Please. Please. Please. Please. Please. Please. Please. Finally, he stops and looks at my face. 'Please, Mia,' he implores. Don't make me write a song."

Gostei bastante da levada de Gayle ao contar a história de Mia. Apesar de não ter o costume de ler em inglês, pude perceber que não foi uma narrativa cansativa e nas vezes em que precisei parar e reler alguma coisa, foi por causa das minhas barreiras com o idioma mesmo, não por conta do nível literário dela.

Essa semana If I Stay estreia nos cinemas aqui do Brasil com o título Se Eu Ficar (eu quero comprar a versão em português com a capa do filme porque sou apaixonada pela Chloë) e depois de ler, não tem como simplesmente ignorá-lo em cartaz. Quero ir correndo para o cinema, de preferência com uma companhia que se responsabilize por cuidar de mim quando eu tiver um ataque por causa do final. Sempre acontece. Sempre.

Filme: Deus Não Está Morto


 Deus Não Está Morto/God's Not Dead
Kevin Sorbo, Shane Harper e David A. R. White
Graça Filmes

Se você tá chegando de paraquedas aqui no Verão e não me conhece nem deu uma olhada casual nas minhas redes sociais nos últimos dias, você não sabe que eu passei o último fim de semana num retiro com a minha igreja. Nem deve imaginar que na noite de sábado, nós assistimos Deus Não Está Morto. Também não sabe (ainda) que eu estou apaixonada por ele. E esse é o momento de explicar o motivo.

Josh Wheaton é um jovem cristão que se depara com um desafio ao entrar na faculdade. Seu professor de Filosofia, Radisson, é ateu e logo no primeiro dia de aula, "para evitar discussões desnecessárias", faz com que os alunos assinem uma papel afirmando que Deus está morto. Josh não se sente à vontade para fazer isso e o que era para ser apenas uma discordância professor-aluno, vira algo mais. Radisson se sente ofendido por um calouro da universidade ter tido coragem de desafiá-lo, por isso, ele dá duas opções a Josh: Ou ele cede e admite que Deus está morto ou ele tem que provar o argumento dele em três mini palestras, custando a sua vida acadêmica.

"Só um risco real testa a realidade de uma fé. (CS Lewis)"

Enquanto a história de Josh se desenrola, nós conhecemos outros personagens. A namorada de Radisson, Mina, vive sob o temperamento forte do professor e acaba sofrendo com as diferenças religiosas entre os dois. E sim, ela sabia que ele era ateu quando começaram a namorar. Mina tem uma mãe com Alzheimer e seu irmão, Mark, é um executivo egocêntrico que não liga para ela. Ou para a namorada, Amy, que descobre ter câncer. Aysha é uma jovem que trabalha no refeitório da faculdade de Josh. A família dela é muçulmana e não sabe que ela se converteu à fé cristã. Ela e Josh contam com a ajuda do pastor Dave, que, junto com seu amigo, Jude, é responsável pela frase de efeito que fica grudada na cabeça de qualquer pessoa que assista ao filme.

"- Deus é bom.
- O tempo todo. 
- E o tempo todo...
- Deus é bom"

É bom frisar que todo filme tem um objetivo, um alvo a atingir. No caso de um filme cristão, como esse, o discurso não é imparcial, é verdade. Mas pensem: quando um cristão é retratado num filme comum, ele não é pintado como intransigente, preconceituoso e rígido? Geralmente é aquele pai que não quer deixar a filha adolescente namorar com o cara por quem ela se apaixonou. Ele faz a menina ficar trancada dentro de casa pra não ver o cara, ela foge, dias depois volta pra casa e o pai deixa que eles fiquem juntos. Nem todo cristão é assim. E nem todo ateu ou pessoa que assume qualquer outra crença é da forma como o filme retrata. Os dois casos falam de filmes com propósitos a alcançar.

Impossível pra mim foi não me identificar com alguns personagens. E, mais ainda, foi impossível não me questionar em relação a o que eu estou fazendo para que pessoas que não conhecem esse Deus - que está vivo, sim! - ouçam falar dele através de mim e do meu dom. Posso adiantar que não fui só eu que fiquei com isso na cabeça e que vem movimento por aí, haha!

Acredito que o orçamento desse filme não tenha sido dos maiores. Não é um blockbuster, mas só de já ter saído no cinema, ele está sendo mais visado do que muitos outros filmes cristãos. Ele também está disponível no Netflix e acredito que esteja para download em algum lugar dessa internet. Cristão ou não, dê uma chance. Vale a pena <3