Resenha: A Culpa é das Estrelas, John Green


Nome: A Culpa é das Estrelas
Título Original: The Fault in Our Stars
Autor: John Green
Editora: Intrínseca
♥♥♥♥♥
Skoob

Sinopse: A culpa é das estrelas narra o romance de dois adolescentes que se conhecem (e se apaixonam) em um Grupo de Apoio para Crianças com Câncer: Hazel, uma jovem de dezesseis anos que sobrevive graças a uma droga revolucionária que detém a metástase em seus pulmões, e Augustus Waters, de dezessete, ex-jogador de basquete que perdeu a perna para o osteosarcoma. Como Hazel, Gus é inteligente, tem ótimo senso de humor e gosta de brincar com os clichês do mundo do câncer - a principal arma dos dois para enfrentar a doença que lentamente drena a vida das pessoas. Inspirador, corajoso, irreverente e brutal, A culpa é das estrelas é a obra mais ambiciosa e emocionante de John Green, sobre a alegria e a tragédia que é viver e amar.


A primeira coisa em que pensei quando acabei de ler A Culpa é das Estrelas – depois que parei de chorar desesperadamente – foi “eu nunca vou conseguir escrever uma resenha que transmita a genialidade do John Green e desse livro”. Poucos livros me deixaram tão genuinamente encantada e destruída ao mesmo tempo. Mesmo assim, depois de pensar bastante, eu resolvi pelo menos tentar.

“- Eu tenho medo de ser esquecido. (...)- Vai chegar um dia – eu disse – em que todos vamos estar mortos. Vai chegar um dia em que não vai sobrar nenhum ser humano sequer para lembrar que alguém já existiu ou que nossa espécie fez alguma coisa por esse mundo. (...) E se a inevitabilidade do esquecimento humano preocupa você, sugiro que deixe esse assunto para lá. Deus sabe que é isso o que todo mundo faz.”

Hazel Grace é uma adolescente de dezesseis anos que tem câncer nos pulmões desde quando era uma criança. Por causa da doença, ela obviamente leva uma vida completamente diferente das outras pessoas na idade dela e isso inclui andar 24 horas por dia com uma cânula de oxigênio ligada a um carrinho que ela carrega para cima e para baixo e frequentar um grupo de apoio com outros jovens com câncer.

Numa das reuniões que a mãe dela a obriga a assistir, ela conhece Augustus Waters, um pretensioso e inteligente jovem de dezessete anos que se curou a pouco tempo de um osteosarcoma, uma espécie de câncer nos ossos. Augustus e Hazel se identificam logo de cara e em pouco tempo, ele se torna tudo o que ela tem fora do mundinho de maratonas de America’s Next Top Model, de cafés da manhã extremamente americanos com seus pais e da vigilância constante de sua mãe.

“Aí o Augustus colocou a mão no bolso e tirou de lá, por incrível que pareça, um maço de cigarros. Levantou a tampa da caixinha e colocou um cigarro na boca.
- Isso é sério? – Perguntei (...)- Eles não matam se você não acender. E eu nunca acendi nenhum. É uma metáfora. Tipo, você coloca a coisa que mata entre os dentes, mas não dá a ela o poder de completar o serviço.
- É uma metáfora – falei, hesitante.
- É uma metáfora.
- Você determina o seu comportamento com base nas ressonâncias metafóricas.
- Ah, é. Sou um grande adepto das metáforas, Hazel Grace.”

Hazel e Augustus se apaixonam quase instantaneamente, e se tornam a definição do “que seja infinito enquanto dure”. Contrastando com a condição física dos dois, a relação deles é extremamente forte. E é linda.

John Green me maravilhou com o seu jeito de escrever e definitivamente, entrou para a lista dos meus autores preferidos. Não há como contar muito da história sem revelar detalhes importantes, ela é muito bem amarrada, bem desenvolvida. E a graça do livro é justamente descobrir tudo isso no tempo certo.

A única coisa que eu posso dizer é que não há como não se comover pelo menos um pouquinho com a história de amor de Hazel e Augustus. A Culpa é das Estrelas é o tipo de livro que te faz questionar muitas coisas e mudar outras no seu jeito de enxergar a vida.

“Alguns infinitos são maiores do que os outros. (...) Mas Gus, meu amor, você não imagina o tamanho da minha gratidão pelo nosso pequeno infinito. Eu não o trocaria por nada nesse mundo.”
“Não dá para escolher se você vai ou não se ferir nesse mundo, meu velho, mas é possível escolher quem vai feri-lo. Eu aceito as minhas escolhas.”

22, Taylor Swift e Rule The World, Selena Gomez

Até quem não é fã sabe que 13 é o número da sorte da queridinha da América, Taylor Swift. Por isso, a cantora escolheu o dia de hoje, 13 de março para lançar seu novo clipe, da música 22. 22 é o quarto single do último cd de Taylor, Red. Ela disse que nunca se divertiu tanto ao gravar um vídeo porque dessa vez, ela gravou com as amigas dela de verdade ao invés de atrizes. Sem dúvidas, esse é o vídeo mais divertido e espontâneo da carreira de Taylor e, na minha opinião, o melhor da "Era Red".Sou suspeita porque 22 já era uma das minhas músicas preferidas do cd, tanto que o meu último texto do ano passado foi baseado nela, o Feeling 22, mas como todas as opiniões desse vídeo que eu vi foram bem favoráveis a ele,acho que não estou sendo tendenciosa, hehe. Sem enrolar mais, apresento para quem ainda não viu, Taylor Swift e suas orelhas de gatinho em 22:


É im-pos-sí-vel não se contagiar nem um pouquinho com esse clipe, de verdade. E outra música que eu já ouvi mais de 30 vezes só hoje segundo o last.fm também tem tudo para virar hit se for lançada oficialmente é Rule The World, da melhor amiga da Taylor Swift, Selena Gomez, que recentemente se separou da banda dela, a The Scene e eu já quase chorei por issoRule The World vazou ontem à noite e por causa disso, Selena divulgou a faixa em seu canal oficial do youtube hoje à tarde com o recado "Aqui está uma das minhas novas músicas 'Rule The World', que vazou ontem. Eu decidi dividi-la com vocês. Ela pode não estar no meu álbum novo, mas espero que vocês gostem". Boatos dizem que essa é uma das tais músicas que foram escritas por Selena após o término de seu relacionamento com Justin Bieber. E a letra deixa claro que se trata de algo parecido com isso...


Our love was made to rule the wooooooooorld ♪ Tenho a impressão de que se eu ouvir essa música mais uma vez, minhas colegas de casa vão me expulsar, então a partir de agora, fico nos fones de ouvido, hehe. 

Curtiram as músicas? As duas já estão oficialmente na minha playlist de arrumar o quarto, aquela hora difícil em que você precisa de todo o apoio possível, principalmente de músicas animadinhas, kkk. Ouçam loucamente e no último volume porque isso faz bem! Até a próxima, guys ;)

Resenha: Belo Desastre, Jamie McGuire


Nome: Belo Desastre
Título Original: Beautiful Disaster
Autora: Jamie McGuire
Editora: Verus
♥♥♥♥♥
Skoob

Sinopse: Abby Abernathy é uma boa garota. Ela não bebe nem fala palavrão, e tem a quantidade apropriada de cardigãs no guarda-roupa. Abby acredita que seu passado sombrio está bem distante, mas, quando se muda para uma nova cidade com America, sua melhor amiga, para cursar a faculdade, seu recomeço é rapidamente ameaçado pelo bad boy da universidade. Travis Maddox, com seu abdômen definido e seus braços tatuados, é exatamente o que Abby precisa – e deseja – evitar. Ele passa as noites ganhando dinheiro em um clube da luta e os dias seduzindo as garotas da faculdade. Intrigado com a resistência de Abby ao seu charme, Travis a atrai com uma aposta. Se ele perder, terá que ficar sem sexo por um mês. Se ela perder, deverá morar no apartamento dele pelo mesmo período. Qualquer que seja o resultado da aposta, Travis nem imagina que finalmente encontrou uma adversária à altura. E é então que eles se envolvem em uma relação intensa e conturbada, que pode acabar levando-os à loucura.

Eu já vinha ouvindo falar de Belo Desastre há algumas semanas na blogsfera literária antes de conseguir comprá-lo. Na verdade, eu comprei esse livro mais ou menos às escuras. Estavam falando bem na internet, eu tinha lido algumas resenhas positivas, vi uma promoção imperdível no amigo Submarino e meu instinto de leitora voraz com um cartão de crédito falou mais alto.

- Um brinde! – Ele gritou. (...) – Aos babacas! (...) – E às garotas que partem o coração da gente. – ele curvou a cabeça para mim. Seus olhos tinham perdido o foco. – E ao horror de perder sua melhor amiga porque você foi idiota o bastante para se apaixonar por ela.”

Ao abrir a primeira página de Belo Desastre, somos transportados para o mundo oculto da Universidade de Eastern, onde lutas secretas acontecem em porões à noite, fora da vista dos professores. Travis Maddox é a “estrela” dessas lutas. Nunca perdeu para ninguém e é carinhosamente apelidado de “Cachorro Louco” por causa de seu desempenho nos ringues. É o bad boy da universidade e quando não está ganhando dinheiro clandestinamente com essas lutas, está ocupado tentando descobrir com qual menina do campus ele ainda não dormiu. Travis é primo de Shepley, que vem a ser namorado de America, a melhor amiga de Abby Albernathy. Abby foi parar em Eastern fugindo de um passado familiar conturbado. Ela quer recomeçar a vida e faz de tudo para ser certinha. Tira boas notas, se veste decentemente e não se envolve com meninos... Pelo menos não se envolvia até conhecer Travis.  

Não há como falar de Belo Desastre sem a pergunta clássica: “Essa história não é clichê?”. A menina certinha, santinha, boa samaritana que se apaixona por um bad boy sem salvação e consegue transformá-lo num bom rapaz e eles são felizes para sempre no final da história. A minha resposta é: NÃO. Belo Desastre não é um clichê adolescente. Abby não é tão certinha. E Travis não é um bad boy completo.

“Mas ele era o pior tipo de cara confiante. Não era apenas descaradamente ciente de seu poder de atração, mas estava acostumado com o fato de as mulheres se jogarem para cima dele, de modo que via meu comportamento frio como um alívio em vez de um insulto.”

Abby e Travis se conhecem por intermédio de America e Shepley e a relação deles já começa conturbada. Inicialmente, Travis fica intrigado pelo fato de Abby ser a única menina da universidade inteira que não quer nada com ele. Abby foge dele porque ele é a personificação de tudo o que ela deixou para trás quando foi para Eastern. Mas isso não impede os dois de fazer uma aposta que colocaria, qualquer que fosse o lado perdedor, numa situação complicada. Se Abby ganhar, Travis passa um mês sem sexo. Se Travis ganhar, Abby passa um mês no apartamento dele. E é nesse um mês que vida deles dois vira de cabeça para baixo – literalmente.

Em determinados momentos, Abby se mostra uma grande interrogação para o leitor. Ela luta constantemente contra o que está sentido por Travis, às vezes por medo, às vezes por teimosia e orgulho. Em minha opinião, em boa parte do livro, nem ela mesma entendia o que sentia por ele, por isso ela tomava algumas atitudes que me fizeram querer entrar no livro e dar uns tapas nela. E que fique claro: Ela não é a santinha que a sinopse pinta. Ela bebe, fala palavrão e se mete em situações no mínimo incomuns para as protagonistas imaculadas de outros livros. Então, se – quando – você for ler, não vá com essa imagem dela na cabeça.

Travis é o mais novo de cinco irmãos. Sua mãe morreu quando ele ainda era uma criança, e ela foi a única mulher que ele respeitou durante toda a vida... Até conhecer Abby. Ele vê nela uma coisa que não encontrou em todas as outras mulheres que já teve que a relaciona com sua mãe e é por isso que os sentimentos dele são tão fortes. Avassaladores, eu diria. Travis sente necessidade de ter Abby por perto. Ela se torna uma espécie de amuleto para ele, mesmo quando isso é o que ela menos quer que aconteça. Ele se transforma numa pessoa completamente diferente perto da Abby, começando pela forma como a chama e terminando em todas as coisas que ele é capaz de fazer por ela e para ela se sentir bem. A primeira impressão de Travis é aquele clássico: As meninas querem, os meninos querem ser. No caso dele, os meninos querem ser E têm medo. Mas depois que ele se envolve com a Beija-Flor, ele mostra que por baixo dessa máscara de força e dureza, tem um cara que pode ser sensível, carinhoso, fofo e apaixonado. Mas só por ela.

“Quanto mais ele sorria, mais eu queria odiá-lo, e, no entanto esse era o motivo pelo qual odiá-lo era impossível.”

Dos personagens secundários, Finch foi de longe meu preferido. É aquele amigo gay de que toda menina precisa em um determinado momento da vida. Ele não aparece muito, mas em todas as vezes que dá as caras, tem as falas mais divertidas e as atitudes mais admiráveis. America e Shepley só não são mais inconstantes de Abby e Travis. Apesar de não serem o casal principal, também se envolvem em um draminha que faz você torcer avidamente pela resolução enquanto lê.

O que te empolga mais ao ler Belo Desastre é a relação de amor e ódio que você cria com Trav e Abby. Até agora eu não sei se os amo loucamente ou se os odeio com todas as minhas forças. A balança pende mais para o lado do amor, mas o livro é tão bem escrito, que a sensação de confusão nos sentimentos que eles dois experimentam em boa parte dele passa para o leitor. Jamie McGuire escreve perfeitamente bem. Todas as tramas são bem amarradas, sem pontos soltos e a narração de Abby é feita de um jeito que faz você não querer parar de ler nem para dormir.

Uma coisa boa: Jamie já disse estar trabalhando no segundo volume dessa série. Uma coisa não tão boa assim: Walking Disaster, ainda sem título em português – aposto em Desastre Ambulante – vai ser essa mesma história contada sob o ponto de vista de Travis Maddox, com a narração dele. Ou seja, Belo Desastre não vai ter uma continuação literal, a autora já disse que está satisfeita com o final dado por ela a Abby e Trav em BD. Eu não vejo a hora de ter o meu Walking Disaster em mãos, apesar de achar que essa história merecia continuação vitalícia, com um volume novo a cada ano.

E não se enganem: Apesar de parecer, Belo Desastre não é um livro teen. Tem sexo, palavrões, bebidas e violência. Na medida certa, mas tem. #FicaaDica

Eu nem preciso dizer que indico esse livro para o mundo, certo? Leia, releia e depois leia mais uma vez – porque é exatamente isso que você tem vontade de fazer quando lê a última pontuação do livro. Abrir na primeira página e ler tudo de novo.

“Vi a mesma paz nos olhos de Travis que tinha visto apenas algumas vezes, e me ocorreu que tal como nas outras noites, a expressão satisfeita dele era resultado direto da segurança que eu lhe transmitira.

Eu conhecia o sentimento de insegurança, de viver uma onda de azar atrás da outra, de homens que temem a própria sombra. Era fácil ter medo do lado negro de Las Vegas, o lado que o neon e o glitter nunca pareciam tocar. Travis Maddox, porém, não tinha medo de lutar, ou de defender alguém com quem ele se importasse, ou de olhar nos olhos humilhados e furiosos de uma mulher desprezada. Ele podia estar numa sala, encarar alguém duas vezes maior que ele e mesmo assim acreditar que ninguém conseguiria encostar nele – que ele era invencível.

Ele não temia nada. Até me conhecer.

Eu era uma parte da vida de Travis que lhe era desconhecida, o curinga, a variável que ele não conseguia controlar. Independentemente dos momentos de paz que eu lhe dava de vez em quando, em um dia ou outro, o turbilhão que ele sentia sem mim piorava dez vezes na minha presença. A raiva que ele sentia havia se tornado apenas mais difícil de controlar. Ser a exceção não era mais um mistério, algo especial. Eu havia me tornado a fraqueza de Travis.”

*Texto originalmente postado no blog Sendo Jornalistas