Um Herói Para Ela
Na última semana, me aventurei pelos escritos de mais uma
autora brasileira e, cada vez mais, tenho gostado de ver como a nossa
literatura tem crescido e se desenvolvido. Lembro que eu criei o hábito de ler
depois de um rodízio que fiz com as migas da escola de Fazendo Meu Filme 1, da
Paula Pimenta, há uns seis anos. E de lá pra cá, a quantidade de nomes da nossa
terra nas estantes das livrarias cresceu muito. Isso é ótimo por vários
motivos, mas eu vou citar só dois: Diminui o nosso preconceito com as coisas
que saem daqui e dá esperança para as pessoas que, como eu, um dia, também
querem estar nas estantes (da livrarias e das casas).
A escolha da vez foi a Lu Piras, e a história, é de ficar
juntinho com qualquer filme hollywoodiano de romance e ação, porque sim. Bianca Villaverde é uma advogada de 23 anos que
tem um emprego nada agradável e ainda acredita que um dia vai encontrar seu
príncipe encantado. Enquanto não encontra, ela vai tentando com vários sapos.
Mas o problema é que eles nunca se transformam em príncipes. A cada namorado,
uma decepção e um pouco mais de insegurança para Bia.
Apesar de ser advogada, a grande paixão da vida de Bianca é
o cinema. Mais especificamente, a parte de roteiros. Quando Helena, sua mãe,
aparece com a ideia de inscrever algum dos roteiros dela para a New York Film
Academy, Bia não achava que ia passar, de forma alguma. Mas, algumas semanas
depois, ela estava de malas prontas para um curso de dois meses na NYFA, na
cidade que nunca dorme, no que era o passo mais arriscado que ela já deu em
toda sua vida.
Ao tentar se acostumar com a cidade, por duas vezes, Bianca
se meteu em confusões sem querer e foi salva por um cara misterioso, com uma
tatuagem de medusa no braço. Enquanto tentava descobrir quem ele era, Bia se
pegou pensando constantemente no garçom de um restaurante que ficava próximo de
sua casa. Afinal de contas, quem consegue esquecer com facilidade de um
italiano como Salvatore, que te chama de signorina
com todo aquele sotaque e aqueles olhos. Além deles dois, Bia ainda se vê
envolvida com o vocalista de uma banda de mascarados e com Paul, seu colega da
NYFA, que tem tudo para preencher o papel do príncipe na história de qualquer
filme – e está bem apaixonado por ela.
"Bianca pensou em seu romance favorito e se ouviu lendo, tempos atrás: "Esta cara fantasmagórica não me inspira qualquer temor agora. É na tua alma que s verdadeira distorção reside.
Quem era Salvatore, afinal? Mocinho ou bandido?"
A parte em que todo esse mistério em relação ao cara
mascarado e ao cara que vive salvando Bianca pelas ruas de Nova York, é, sem
dúvidas, o pedaço mais intrigante do livro todo. Só achei que ele podia ser um
pouquinho maior. Quando eu comecei a supor a solução dos mistérios todos, Lu me
deu a resposta (e eu estava certa, YAY). Talvez por ser rico em conteúdo (muita
coisa acontece nesse livro, vocês não tem noção), a história de Um Herói Para Ela seja um pouquinho
corrida demais. Senti falta de profundidade e naturalidade. A narrativa, às
vezes, parecia ser um pouco forçada. Sabe comercial de margarina? Pois é.
Outra coisa que me incomodou um pouco foi a imaturidade de
Bianca. Quando você pensa numa pessoa de 23 anos, formada na faculdade de
Direito, que vai para os Estados Unidos correr atrás de um sonho, espera, ao
menos, que ela tome atitudes um pouco mais maduras que as de Bia. A imaginei
como uma adulta e ganhei uma menina que parecia ter acabado de sair do ensino
médio de presente.
Apesar disso, o livro vale a pena pela história. Eu realmente
não consegui desgrudar os olhos dele no início, queria muito descobrir as confusões
todas e desatar os nós que Bianca e Salvatore deram na minha cabeça.
PS: Salvatore é muito amor. De verdade. Quero ele pra mim.
Tipo, agora.
"- Eu não preciso tirar sua máscara para saber quem você é.
- Mas eu quero que tire. - ele impôs"
Desde o lançamento, fiquei muito interessada nesse livro, apesar de ter um pé atrás para romances. Sua resenha só me instigou mais hehe enfim, gostei muito dela! Assim que der ($$), pretendo ler. Ah, e compartilho da mesma alegria que você... Nossa literatura tem crescido demais e isso é realmente ótimo *-*
ResponderExcluirBeijos,
Aline
Super vale a pena! Tirando os defeitinhos que eu contei aí em cima, a história é muito boa, de verdade.
ExcluirE sim, tá dando orgulho dos autores nacionais <3
Beijos!
To amando cada vez mais a literatura nacional também. Desde a adolescencia, tinha parado pra dar prioridade só aos livros de fora, que bobagem, cada vez mais os autores brasileiros estão ARRASANDO. Vi a sinopse desse livro e tava doida pra ler, me interessei muito. Amei a sua resenha, apesar de que pela sua crítica na personagem, já acho que vou ficar com raiva dela, detesto personagens imaturas kkkkkkkkkkk mas amei a história, to pensando em deixar ele na minha lista rs
ResponderExcluirwww.vodkaescarpin.com.br
Só vi esse cometário agora, Nanda!
ExcluirCara, eu também sempre dei preferência pelos gringos. Até porque, minha mãe, que foi quem me influenciou a ler, era super fã da Danielle Steel quando eu era mais nova e não lia autor nacional. quando eu decidi encarar a vida de leitora voraz, foi por causa de um livro nacional, da Paula Pimenta, quando eu tinha uns catorze anos. Não passou muito tempo, haha, mas a literatura jovem nacional já se expandiu pra caramba e isso é muito feliz!
E quanto a Bianca... é, ela é imatura. E sim, dá raiva. Mas a história é boa. Vale a pena comprar na promoção da Black Friday! haha
Bjs :)